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Policiais e juízes do DF receberam ameaças do PCC

Durante operação contra a atuação do grupo na capital, investigadores encontraram fotos e mensagens dos criminosos contra autoridades

atualizado

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policial civil
1 de 1 policial civil - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Operação Guardiã 61, deflagrada na manhã desta terça-feira (07/01/2020), mostrou que a célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Distrito Federal ameaçou policiais e juízes. De acordo com a investigação coordenada pela Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac), informações pessoais de quem trabalhou na ação foram divulgadas.

Com a transferência da alta cúpula do PCC para Brasília, a Polícia Civil intensificou as investigações para coibir a instalação de células criminosas na capital.

Inicialmente, os investigadores tiveram acesso a bilhetes com ameaças a uma magistrada do DF. “Essa ameaça comprova a existência da facção no Distrito Federal e, inclusive, a presença dos chamados ‘gravatas’: advogados responsáveis por transmitir as ordens de dentro para fora dos presídios”, explicitou o delegado-chefe da Difac (divisão da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), Guilherme Sousa Melo.

Com o decorrer das apurações, até mesmo os investigadores entraram na mira dos criminosos. Delegados envolvidos na operação tiveram fotos divulgadas entre os faccionados e receberam ameaças.

Megaoperação foi deflagrada para coibir a consolidação do PCC no DF, com a expedição de 14 mandados de prisão preventiva, 10 de busca e apreensão, além da colocação de tornozeleira eletrônica em um dos alvos, conforme ordens expedidas pela da 5ª Vara Criminal do DF.

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Imagens da operação contra o PCC
A suspensão do SVG em fevereiro foi uma estratégia que os policiais civis adotaram para pressionar o GDF a atender às principais demandas da categoria
Delegados Guilherme Melo, Difac, à esquerda, e Leonardo de Castro, Cecor, à direita
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A suspensão do SVG em fevereiro foi uma estratégia que os policiais civis adotaram para pressionar o GDF a atender às principais demandas da categoria

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Delegados Guilherme Melo, Difac, à esquerda, e Leonardo de Castro, Cecor, à direita

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Segundo os investigadores, a célula da organização criminosa tinha ao menos 30 integrantes e atuava praticando crimes como roubos e tráfico de drogas. O grupo, composto por advogados, presidiários e egressos do sistema prisional, se dividia em núcleos específicos de atuação.

Uma parte se dedicava às práticas criminosas e outra tentava estabelecer condições para o desenvolvimento e a consolidação do grupo na capital federal, uma vez que a alta cúpula da facção está presa no Presídio Federal de Brasília, inclusive o líder máximo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

A ação tem apoio do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe), do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e conta com a participação de 120 policiais. Os investigados estão sujeitos a penas de 3 a 8 anos por promover, constituir e integrar organização criminosa.

Ao longo de um ano de investigação, foram identificados integrantes distribuídos estrategicamente em setores de atuação, com o auxílio de advogados, presidiários e egressos do sistema prisional, os quais praticam o tráfico de drogas e armas, roubos e ameaças a autoridades.

Plano de fuga

Em 20 de dezembro de 2019, o Metrópoles revelou com exclusividade que os integrantes da organização planejam colocar em prática o plano de resgate de Marcola. A Operação Guardiã 61, inclusive, foi retardada por causa dessa ação do grupo criminoso.

Condenado a mais de 300 anos de prisão, Marcola cumpre pena no Presídio Federal de Brasília. A unidade chegou a receber reforço de tropas do Exército.

As informações sobre o plano de resgate partiram de São Paulo. O estado é berço da facção criminosa. Marcola foi transferido para a capital federal em março de 2019 sob forte aparato policial.

Há indícios de que o suposto resgate estaria pago e seria feito pelo traficante internacional Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. Ele é um dos principais nomes do PCC que está solto e atua nas ruas.

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Servidores do Depen vão operar os blindados
Na unidade prisional, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda, há circuito de câmeras com transmissões em tempo real, além de sensores de movimento e alarmes
Os blindados serão usados para manter a segurança no perímetro do presídio federal
O presídio mantém encarcerados alguns dos presos mais perigosos do país
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Marcola cumpre pena no Presídio Federal de Brasília

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Servidores do Depen vão operar os blindados

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Na unidade prisional, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda, há circuito de câmeras com transmissões em tempo real, além de sensores de movimento e alarmes

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Os blindados serão usados para manter a segurança no perímetro do presídio federal

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O presídio mantém encarcerados alguns dos presos mais perigosos do país

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Os criminosos estariam aguardando o aval de Fuminho para colocar o plano em prática

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Marcola e outros presos foram trazidos em avião da FAB para Brasília em março de 2019

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Comboio para levar Marcola ao Presídio Federal de Brasília em fevereiro de 2019

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Esquema especial de segurança foi montado para receber a liderança do PCC

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Na época, ruas foram fechadas para passagem do comboio

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De acordo com informações, os criminosos estariam aguardando o aval de Fuminho para colocar o plano em prática. O PCC teria reunido um verdadeiro exército de alto nível e com integrantes que possuem conhecimento militar e de armamentos. A facção já teria mapeado os arredores do complexo penitenciário em Brasília com o uso de drones.

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