Policiais civis constrangem Rollemberg em ato na frente do Planalto
O governador participou, nesta quinta-feira (1º/3), de encontro com o presidente Temer e outras autoridades sobre segurança pública
atualizado
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Enquanto o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) participava de um encontro sobre segurança pública com o presidente Michel Temer (MDB) e outras autoridades no Palácio do Planalto, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) realizava um protesto ao som de buzinaço na Praça dos Três Poderes nesta quinta-feira (1º/3).
Munidos de faixa com frases como “Não reeleja o Rollemberg! Ele é omisso e negligente com a segurança, saúde e educação” e do boneco inflável batizado de “Enrollemberg”, os policiais reivindicavam a reestruturação da categoria.
“Nosso objetivo é chamar a atenção da União, do presidente Temer e do ministro [Raul] Jungmann para a segurança do Distrito Federal”, explicou o vice-presidente do Sinpol, Paulo Roberto. O protesto é semelhante aos realizados nessa quarta (28) em frente à Estação Arniqueiras do Metrô-DF; no dia 26, após assembleia no Palácio do Buriti; e em 23 de fevereiro, no Departamento de Polícia Especializada.
No encontro com governadores realizado na manhã desta quinta (1º), Temer anunciou um plano para a reformulação das polícias dos estados. A reunião foi convocada um dia após o presidente afirmar, em entrevista à rádio Jovem Pan, que o Rio de Janeiro funcionará como uma “espécie de vitrine e que as coisas ocorridas lá são refletidas em outros estados brasileiros”.
O protesto faz parte da estratégia traçada em assembleia da categoria nessa segunda (26). Na ocasião, os policiais decidiram que não iriam paralisar as atividades novamente. Mas fariam uma série de manifestações contra o governador Rodrigo Rollemberg. Porém, não descartam uma outra greve na próxima semana, quando se reunirão para discutir os rumos do movimento.
Além da reestruturação da Polícia Civil e da realização de concurso público, a categoria reivindica a manutenção da equiparação com a Polícia Federal, que garantiu aumento de 37%. As negociações com o Executivo local, no entanto, não avançam, segundo o Sinpol-DF.