metropoles.com

Polícia procura suspeito de fraudar bilhetagem do DFTrans

Ronaldo de Oliveira e a companheira são os principais alvos da operação que constatou fraude bilionária no sistema

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
PCDF/Divulgação
Ronaldo-Trickster
1 de 1 Ronaldo-Trickster - Foto: PCDF/Divulgação

A Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor (Corf) da Polícia Civil do DF (PCDF) divulgou foto de um foragido da Justiça. Ronaldo de Oliveira, 44 anos, é acusado de ser um dos cabeças do esquema de corrupção no extinto Transporte Público do Distrito Federal (DFTrans).

A investigação deu origem à Operação Trickster, deflagrada pela corporação. De acordo com a polícia, há informação de que Ronaldo estaria circulando pela região de Brazlândia. O foragido foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Os policiais apuram um esquema criminoso no qual R$ 1 bilhão teria sido desviado da bilhetagem. A companheira dele, Soraya Gomes da Cunha, também foi presa durante a operação e usa tornozeleira eletrônicaOs dois são os principais alvos da Trickster, que teve o inquérito concluído e enviado à Justiça.

O casal comanda cooperativas e empresas que chegaram a ter sete contratos com o GDF. Somados, apenas quatro alcançavam a cifra de R$ 36.051.890,36.  Após uma série de denúncias do Metrópoles, o Tribunal de Contas do DF (TCDF) suspendeu quatro dos convênios.

Tanto Ronaldo quanto Soraya respondem por crimes de corrupção ativa, associação criminosa e estelionato contra a administração pública. Policiais foram até a casa da família, em uma chácara de Brazlândia.

4 imagens
Ronaldo de Oliveira e sua mulher, Soraya Gomes da Cunha, estão com prisão preventiva decretada
Soraya, mulher de Ronaldo, era responsável pela parte financeira das empresas investigadas pela Trickster
1 de 4

Ronaldo está foragido e sendo procurado pela Corf

Reprodução
2 de 4

3 de 4

Ronaldo de Oliveira e sua mulher, Soraya Gomes da Cunha, estão com prisão preventiva decretada

Reprodução
4 de 4

Soraya, mulher de Ronaldo, era responsável pela parte financeira das empresas investigadas pela Trickster

Reprodução
Pagamento de propina

A prisão do casal de empresários foi pedida pela polícia e concedida pela Justiça, após os investigadores confirmarem que Ronaldo e Soraya pagavam propina para o ex-responsável pela unidade de controle de bilhetagem automática do DFTrans Harumy Tomonori. Ele foi detido em 23 de março de 2019, em mais um desdobramento da operação.

Em depoimento, Harumy confessou que, mensalmente, recebia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil para agilizar processos, pagamentos e fazer vista-grossa diante de irregularidades e fraudes cometidas pelas empresas de Ronaldo e Soraya. Entre as falcatruas, estava o fato de as instituições do casal descarregarem cartões estudantis de alunos no Entorno do DF como se fossem da rede pública de ensino do DF.

Imagens obtidas flagraram Harumy deixando uma das empresas do casal portando um envelope com o dinheiro pago em forma de propina. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram um envelope semelhante na casa de Harumy com cerca de R$ 12 mil.

O outro lado

Por meio de nota, a defesa de Ronaldo de Oliveira e de Soraya Gomes da Cunha disse que “não procede a informação de que o delegado da Corf busca liberação de recompensa em troca de informações que levem à efetivação da prisão preventiva decretada contra Ronaldo”.

Ainda segundo os advogados, “não procede que Ronaldo e Soraya estejam respondendo pelos crimes de organização criminosa e estelionato contra a administração pública nem que Soraya esteja portando tornozeleira eletrônica, porquanto a referida medida cautelar já venceu e não foi renovada pelo juízo competente”.

“Por fim, necessário ressaltar que a defesa técnica do casal está, ao mesmo tempo, esclarecendo os fatos devidos à Justiça de primeiro grau, no processo em curso perante a 1ª Vara Criminal de Brasília, e, em segunda instância, buscando a revogação do decreto da prisão preventiva, de forma que há cooperação com a Justiça e respeito com a dignidade do Poder Judiciário”, finaliza a nota.

A PCDF disponibiliza dos seguintes meios para recebimento de denúncias:
Disque-Denúncia: telefone 197
E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
WhatsApp (61) 98626-1197
Denúncia on-line: http://www.pcdf.df.gov.br/servicos/197

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?