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Polícia prende suspeito de matar ex-namorada no Sudoeste

Vídeos mostram Alan Pinto de Jesus entrando no prédio de Luciana e saindo depois com a bolsa dela

atualizado

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luciana
1 de 1 luciana - Foto: Reprodução/Facebook

Integrantes da Rondas Ostensivas (Rotam) da Polícia Militar do DF prenderam, nesta terça-feira (24/12/2019), o vigilante Alan Pinto de Jesus, 45 anos, suspeito de ter assassinado a ex-namorada Luciana de Melo Ferreira, 49, no Sudoeste.

O suspeito está internado no Hospital de Base do DF (HBDF) sob escolta policial. Ele teria tido um surto psicótico no trabalho, foi levado à unidade hospitalar da rede pública e acabou preso no local.

A Polícia Civil (PCDF) foi acionada e fez o flagrante no hospital. Segundo informações da corporação, a mulher foi golpeada pelo menos 30 vezes com um objeto perfurocortante no peito e no pescoço. O crime ocorreu no sábado (21/12/2019), mas o corpo da vítima, que trabalhava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), só foi encontrado nessa segunda (23/12/2019), pela filha dela.

Imagens do circuito de segurança do prédio mostram que Alan chegou no edifício às 20h31 de sábado (21/12/2019) e abriu a porta. De acordo com a polícia, ele tinha a senha da portaria e teve cuidado para não deixar digitais. Vestia um casaco com capuz. Às 22h32, Luciana chegou. O suspeito ficou sentado esperando o momento de render a vítima. Vinte minutos depois, o vigilante saiu do prédio levando a bolsa da vítima, que até agora não foi encontrada.

Os investigadores acreditam que ele levou a bolsa para simular um latrocínio (roubo seguido de morte) e evitar suspeitas sobre ele.

Veja trechos da gravação:

 

Segundo a delegada da 3ª DP (Cruzeiro), Claudia Alcântara, na semana passada, o homem procurou a vítima, mesmo ela tendo medidas protetivas contra ele. “Chegou a deixar um bilhete no carro dela: ‘Eu te amo. Faça contato comigo via WhatsApp'”, contou a delegada.

O bilhete teria sido deixado na terça (17/12/2019). No sábado (21/12/2019), Luciana estava com a filha em um shopping. A moça contou à polícia que a mãe a deixou na casa do namorado da jovem.

Nessa segunda-feira (23/12/2019), ela voltou para casa, na QRSW 2, no Sudoeste Econômico, mas o imóvel estava trancado com chave tetra. Foi preciso chamar um chaveiro. Ao abrir a porta, a filha viu o corpo da mãe estirado no chão e acionou a polícia.

Tornozeleira

Alan usava tornozeleira eletrônica até 4 de dezembro. O motivo foi uma tentativa de homicídio contra a Luciana, que trabalhava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, o acusado teria provocado um acidente de carro de propósito para ferir a vítima quando ela disse que queria terminar o relacionamento. A tentativa de feminicídio ocorreu em outubro deste ano.

O vigilante a ameaçou de morte e jogou o carro em que ambos estavam contra uma árvore. Luciana pulou momentos antes da colisão e se feriu.

Na época, o homem, que é morador de Ceilândia, foi preso em flagrante e denunciado por violência doméstica. Ele passou semanas detido, até que a Justiça concedeu liberdade, mediante uso de tornozeleira eletrônica. Em 21 de outubro, foi realizada a audiência de custódia.

Para ser solto, Alan teve que, além de usar tornozeleira, pagar fiança de R$ 2 mil e se comprometer a manter distância de ao menos 500 metros da vítima. Em 4 de dezembro, a Justiça autorizou a retirada do dispositivo.

“Ele deve ter entrado à noite”

Segundo Geraldo Gonçalves de Sousa, zelador do prédio, Alan deve ter entrado no apartamento na noite do crime. “Eu trabalho de segunda a sábado. Sempre durmo aqui. Saí no meio-dia de sábado e não vi nada. Ele deve ter entrado à noite e feito isso”, disse.

Ainda de acordo com o zelador, Luciana morava na quadra havia muito tempo e a relação com o ex-namorado “não era muito boa”.

“Antes do primeiro incidente, ele vivia atrás dela. Deixava flores no carro, presente, mas ela nunca queria. Ultimamente, não vinha mais deixar presente”, contou Sousa.

7 imagens
Perícia da PCDF foi ao local do crime
Prédio no Sudoeste Econômico onde Luciana morreu
Parentes estavam inconsoláveis
Muito abalada, a filha de Luciana não quis falar com a imprensa
Geraldo Sousa, zelador do prédio onde a vítima morava
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Polícia Civil faz perícia no apartamento onde Luciana foi morta

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Perícia da PCDF foi ao local do crime

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Prédio no Sudoeste Econômico onde Luciana morreu

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Parentes estavam inconsoláveis

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Muito abalada, a filha de Luciana não quis falar com a imprensa

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Geraldo Sousa, zelador do prédio onde a vítima morava

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Delegada da 3ª DP (Cruzeiro), Claudia Alcântara

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Se confirmado, esse será o 33º feminicídio neste ano no Distrito Federal. O último crime ocorreu no fim de novembro. A cabeleireira Sandra Maria Sousa Moraes foi assassinada pelo irmão, Danilo Moraes Gomes. O caso aconteceu em Vicente Pires. O suspeito está foragido desde então.

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