Polícia prende no DF membro do PCC que fez sequestro em 2018
Ele capturou outro membro da facção criminosa que desobedeceu às normas de conduta do grupo
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), na tarde desta quarta-feira (18/11), em Taguatinga. Trata-se de um homem de 23 anos, conhecido como “VX”, cuja real identidade não foi revelada.
Ele foi preso e investigado no contexto da Operação Hydra, pela Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac), da Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública (Cecor).
A ofensiva coletou provas que apontam para a participação do preso em sequestro ocorrido na cidade de Santo Antônio do Descoberto (GO), em 2018. Na ocasião, ele e comparsas teriam sequestrado outro integrante do PCC, a fim de aplicar pena decretada pelo Tribunal do Crime da facção – julgamento feito por líderes em relação a membros que transgridem as normas de conduta do grupo.
As provas obtidas pela PCDF foram compartilhadas com a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e auxiliaram na identificação do suspeito, como sendo um dos autores do sequestro, o que culminou na expedição, pela Justiça de Goiás, de um mandado de prisão preventiva cumprido nesta quarta.
Ele já teve passagem pelo sistema carcerário em Mato Grosso do Sul pelo crime de roubo.
Prisão dos “gravatas”
Ainda na manhã desta quarta, foi presa uma advogada no DF que integrava a mesma facção criminosa, no âmbito da Operação Fast Track. Ela ajuda na comunicação dos membros da alta cúpula do PCC, chamada de Sintonia Geral Final.
Os advogados que integram o PCC são chamados de “gravatas” pelos integrantes da facção. Por meio de atendimentos presenciais, os advogados contratados levavam informações aos líderes e recebiam ordens que deveriam ser transmitidas a outros criminosos.
Em 13 de fevereiro de 2019, a cúpula da organização criminosa foi transferida de São Paulo e distribuída entre as penitenciárias federais de Porto Velho (RO), Brasília (DF) e Mossoró (RN). A remoção tinha como objetivo central impedir que os chefes da facção continuassem a transmitir ordens de dentro dos presídios, daí a importância dos advogados na comunicação interna do PCC.