Polícia Federal investiga grupo que sonegou R$ 678 milhões em tributos
Mandados são cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina e Minas Gerais
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal, em trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal, deflagrou, nesta terça-feira (28/9), a Operação Blindagem Metálica para desarticular uma estrutura de empresas voltadas para a prática dos crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica e outras fraudes tributárias.
As investigações apontam que empresas conhecidas como “noteiras” e “blindadoras” emitiam notas fiscais inidôneas, simulando compra e venda de sucata de alumínio e alumínio bruto, com a finalidade de gerar créditos fiscais fictícios às empresas do grupo principal investigado.
Há indícios de que, mensalmente, as companhias envolvidas ajustavam fluxo de quantidade de produtos de interesse, notas fiscais, pagamentos e até simulação de transporte de mercadorias inexistentes, objetivando confundir os órgãos de fiscalização, em especial quanto às operações fictícias de compra e venda de sucata de alumínio ou de alumínio bruto, descritas em notas fiscais.
Exemplo de “Planejamento de Abastecimento” que o grupo utilizava:
Segundo a PF, até o momento, em decorrência das fraudes tributárias investigadas, foram identificadas sonegações fiscais que atingiram a soma de, aproximadamente, R$ 678 milhões
Cerca de 280 policiais federais cumprem 55 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Taubaté (SP). Os trabalhos são executados em cidades de São Paulo, como Pindamonhangaba, Sorocaba, Mogi Mirim e São José dos Campos, além de outras unidades da Federação, como Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina e Minas Gerais.
As investigações continuam, e os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude tributária.