metropoles.com

Polícia encontra indício de que máfia fraudou concursos federais

As informações serão repassadas para a Polícia Federal. Segundo a Deco, outras três organizações criminosas agem no DF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Giovanna Bembom/Metrópoles
Brasília (DF), /00/2017 – – Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), /00/2017 – – Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Além dos concursos da Terracap, do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Saúde do DF, os investigadores da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco) encontraram indícios de que seleções de órgãos federais também foram alvo de organizações criminosas que cobravam até R$ 200 mil para garantir a aprovação dos clientes.

Essas informações colhidas no âmbito da Operação Panoptes, entretanto, serão encaminhadas à Polícia Federal para que aprofunde as investigações. Segundo a Polícia Civil, além do grupo que foi alvo da ação deflagrada nesta segunda-feira (21/8), outras três organizações atuam no Distrito Federal da mesma forma.

Os criminosos ficavam nas portas das faculdades e cursinhos preparatórios angariando possíveis interessados em comprar uma vaga. Eles vendiam o pacote completo, incluindo diplomas de graduação e pós-graduação, se fosse necessário.

As investigações apontaram que os integrantes da organização agiam de quatro formas: repassando informações por meio de ponto eletrônico aos candidatos; escondendo celular no local de prova; utilizando documentos falsos e se passando por concorrentes; e, ainda, envolvendo pessoas que trabalham nas bancas organizadoras.

Denúncia anônima
O Metrópoles apurou que um dos possíveis certames que teriam sido alvos de fraude é o da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ocorrido em 2013. Uma denúncia anônima enviada ao Ministério Público Federal (MPF) alertou sobre a suspeita. A Polícia Civil diz que todos os fatos estão sendo apurados.

Veja imagens da operação da Deco nesta segunda-feira (21/8):

9 imagens
Bruno Ortiz, filho de Helio, preso no dia 21 de agosto
Operação para deter a Máfia dos Concursos
Helio Ortiz é um velho conhecido da polícia. Ele foi preso em 2005 e em 2009
Ortiz foi preso em casa, na QE 15 do Guará II
Dez escrivães, 25 delegados e 150 agentes, incluindo grupo de operações especiais e helicóptero, participaram da operação
1 de 9

Coletiva dos delegados da Deco sobre a Máfia dos Concursos em agosto deste ano

Giovanna Bembon/Metrópoles
2 de 9

Bruno Ortiz, filho de Helio, preso no dia 21 de agosto

Giovanna Bembom/Metrópoles
3 de 9

Operação para deter a Máfia dos Concursos

Giovanna Bembom/Metrópoles
4 de 9

Helio Ortiz é um velho conhecido da polícia. Ele foi preso em 2005 e em 2009

Divulgação/PCDF
5 de 9

Ortiz foi preso em casa, na QE 15 do Guará II

Reprodução/PCDF
6 de 9

Dez escrivães, 25 delegados e 150 agentes, incluindo grupo de operações especiais e helicóptero, participaram da operação

Michael Melo/Metrópoles
7 de 9

Equipes da PCDF chegam ao Cebraspe/Cespe, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão

Rafaela Felicciano/Metrópoles
8 de 9

Movimento intenso no Cebraspe/Cespe

rafaela Felicciano/Metrópoles
9 de 9

São investigados concursos realizados nos últimos cinco anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em 2008, a PF chegou a investigar fraudes em outro processo seletivo da agências. As denúncias de irregularidades foram encaminhadas à ouvidoria da ANTT em relação ao concurso que ofereceu 354 vagas. A suspeita é de que houve vazamento do gabarito da prova.

Operação Panoptes
Não está descartada a participação de funcionários de bancas organizadoras, como o  Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) e o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção de Promoção de Eventos (Cespe/Cebraspe), que foi alvo de busca e apreensão.

Durante a ação, foram presos Hélio Garcia Ortiz, o filho dele Bruno de Castro Garcia Ortiz, Johann Gutemberg dos Santos e Rafael Rodrigues da Silva Matias. Segundo o delegado, Hélio era o chefe da organização criminosa. Bruno executava o esquema; Rafael era seu braço direito; e Johann facilitava a fraude fornecendo graduação e pós a quem precisasse e pagasse bem.

Hélio Ortiz já é conhecido pela polícia, pois foi preso há 11 anos, pela primeira vez, acusado de liderar a Máfia dos Concursos. Agora ele foi detido na casa em que mora na QE 15, do Guará. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Águas Claras.

Johann Gutemberg é dono do Instituto Nacional de Ensino Especial, faculdade que funciona em Taguatinga. A suspeita é de que a instituição providenciava diplomas de curso superior para os candidatos que não cumpriam a exigência do concurso.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?