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Polícia encontra corpos de procurador do DF e filho mortos em fazenda

Em depoimento, vaqueiro que confessou o crime afirmou que matou primeiro o pai e, depois, o filho, e os deixou na fazenda da família. O funcionário é suspeito de vender gado da propriedade e ficar com o dinheiro dos patrões

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Os corpos do procurador aposentado do DF Saint’Clair Martins Souto, 78 anos, e do filho Saint’Clair Diniz Martins Souto, 38, procurador do Rio de Janeiro, foram encontrados em uma região de pastagem, na fazenda da família, na manhã desta quarta-feira (14/9). Equipes da Polícia Civil realizavam as buscas desde a noite de terça (13), seguindo as orientações passadas pelo assassino confesso, José Bonfim Alves de Santana, funcionário da propriedade.

Pai e filho foram executados com um revólver calibre 38, sendo que o funcionário matou primeiro o pai, durante um passeio a cavalo. Em seguida, José Bonfim chamou o filho para dentro da casa, falando que o pai dele havia sofrido uma queda, momento em que matou a segunda vítima. Após a execução, o suspeito arrastou os corpos para uma região de mata próxima a fazenda. Para a polícia, tudo foi premeditado.

Os corpos serão retirados do local ainda nesta manhã. Eles não estavam enterrados. Agora, passarão por perícia e, em seguida, serão encaminhados para o Distrito Federal. Os homicídios ocorreram na manhã de sexta (9), no município de Vila Rica (MT), a 1,3 mil quilômetros de Cuiabá.

Com a quebra do sigilo bancário, a polícia descobriu que a movimentação financeira na conta do suspeito nos últimos meses era bem maior do que salário que ele recebia, de R$ 1,2 mil por mês. De acordo com Polícia Civil do Mato Grosso, que investiga o caso, os dois ficavam meses sem ir à fazenda e quem cuidava do gado era Santana, que teria vendido algumas cabeças sem prestar contas aos patrões. Desconfiados, o procurador e o filho iriam demitir o vaqueiro.

Divulgação/Polícia Civil do MT
Fazenda onde os dois procuradores foram mortos

 

De acordo com o titular da delegacia de Vila Rica e responsável pela investigação, delegado Gutemberg Lucena, o funcionário não apareceu para trabalhar após o desaparecimento dos patrões. Por isso, se tornou o principal suspeito e teve então início uma busca por seu paradeiro.

Reprodução/TV Globo

A caminhonete que seria usada pelos procuradores foi encontrada ainda ontem pela polícia, abandonada em uma estrada no município, sem sinais de arrombamento ou violência. Em depoimento, Santana (foto ao lado) disse ter matado os procuradores a tiros. Por volta das 22h desta terça-feira (13/9), uma equipe da Polícia Civil de MT se deslocou à fazenda onde o homicídio teria ocorrido para procurar os corpos.

O último contato de Saint-Clair Martins e Saint-Clair Souto com a família ocorreu na sexta. Eles visitavam a fazenda da família em Vila Rica, para onde teriam ido justamente com o objetivo de demitir o vaqueiro, e deveriam voltar a Brasília nesta segunda (12). Como não chegaram, a família registrou ocorrência de desaparecimento. O carro que eles ocupavam foi encontrado na Via Tocantins, a caminho de Brasília. (Com informações do G1)

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