Novo rapa na Feira dos Importados encontra milhares de produtos piratas
Quatro chineses e quatro brasileiros foram autuados. Produtos recolhidos nesta quinta-feira (15/10) serão incinerados
atualizado
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Uma operação da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPim) estourou um depósito clandestino com milhares de bolsas na Feira dos Importados. Também foram apreendidas centenas de outras mercadorias piratas em bancas de roupas, calçados e acessórios de equipamentos da Apple.
Oito lojistas — quatro chineses e quatro brasileiros — foram autuados. Os policiais recolheram cerca de 2 mil bolsas, 2 mil roupas, 500 pares de sapatos e centenas de acessórios para celulares.
Denúncia
Segundo o delegado-adjunto da Delegacia de Combate aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPim), Helder Pedron, os produtos foram encontrados em 15 boxes da feira e em um depósito que funcionava nos andares superiores de uma loja. “Nós recebemos denúncia sobre esses locais e fomos checar com representantes das marcas para ver se eram produtos lícitos”, afirmou o delegado.
Os suspeitos foram detidos, mas liberados em seguida após se comprometerem a comparecer à Justiça. Parte deles tem passagem pela polícia. De acordo com Pedron, a pena de dois anos prevista para crimes de violação de direito de marca deveria ser rediscutida.
“Há uma necessidade muito grande de debater leis mais severas, porque esse tipo de delito traz bilhões de reais de prejuízo”, disse Pedron.
O delegado ressaltou que a Polícia Civil vai intensificar as operações de fiscalização em todo o Distrito Federal. “Os comerciantes têm que se adequar, porque vão perder mercadoria. Para eles, é um prejuízo significativo.”
Os produtos apreendidos foram levados para um depósito na sede da Polícia Civil e serão incinerados, segundo a DCPim.
Outra ação
Em 29 de setembro, outra grande ação policial foi realizada na feira, que resultou na prisão de 13 pessoas que vendiam produtos falsificados. Foram apreendidos milhares de óculos e centenas de pares de tênis em 16 bancas.
Na ocasião, foi preso o chinês considerado o líder da máfia chinesa no Distrito Federal, Wu Zhaoxiao. No mesmo dia, o Metrópoles publicou reportagem especial mostrando como funciona o grupo criminoso que domina a Feira dos Importados. Xiao, como é conhecido, foi solto uma semana depois, após pagar fiança.