Polícia conclui inquérito de corpo embrulhado em saco de lixo no DF
Os investigadores entenderam que não houve crime de nenhum servidor e pediram ao MPDFT arquivamento do caso
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu inquérito sobre o caso de um corpo de paciente morto por Covid-19 enrolado em um saco de lixo, no Hospital de Campanha de Santa Maria. Os investigadores da Delegacia de Repressão à Corrupção (Decor) concluíram que não houve crime por parte dos servidores e pediram ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) o arquivamento do processo.
Em vídeo divulgado em 6 de abril, servidores da unidade de saúde denunciaram a exposição de pacientes e o uso de sacolas de lixo para enrolar uma vítima da Covid-19 na unidade de terapia intensiva (UTI). De acordo com relatos e imagens, o corpo embalado em saco preto e fita crepe estava em uma maca ao lado de pessoas internadas. Os funcionários relataram que o problema ocorreu devido à falta invólucro específico para esse fim.
Após a denúncia, o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, e o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, pediram, em 15 de abril, que a Polícia Civil abrisse um inquérito para investigar possíveis sabotagens dentro das unidades públicas de Covid-19 durante o período mais crítico da crise sanitária.
A Polícia Civil, no entanto, concluiu que não houve o crime. Segundo o inquérito, os servidores enrolaram o corpo nos sacos pretos devido à necessidade de liberação de leitos.
O promotor do MPDFT que receber a sugestão de arquivamento pode concordar ou não com a PCDF. O órgão tem o poder, inclusive, de pedir novos depoimentos.
Veja vídeo divulgado à época:
Ao Metrópoles, a Secretaria de Saúde respondeu considerar que o fato de a investigação policial não ter detectado crime, não significa que não tenha havido irregularidade. “Tanto que a empresa identificou a funcionária, que confessou o ato indevido e disse que agiu por ter sido pressionada. A funcionária foi demitida pela empresa. O Conselho de Enfermagem abriu apuração administrativa sobre o caso”, respondeu por meio de nota.