Polícia Civil prende servidor do Senado que matou empresário no DF
Argos Madeira atirou em Eduardo Montezuma após discussão em um bar da Asa Norte, na segunda-feira (30/1)
atualizado
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Argos Madeira da Costa Matos, técnico legislativo do Senado que matou o empresário Eduardo Montezuma com um tiro na última segunda-feira (30/1), foi preso preventivamente pela 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) neste sábado (4/2).
A prisão preventiva é decretada quando há risco de fuga, destruição de provas ou ameaça a testemunha. De acordo com o delegado Laércio Rosseto, que investiga o caso, a polícia avaliou que “uma pessoa que mata outra pode oferecer distúrbio à ordem pública”. O pedido de prisão foi encaminhado ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e autorizado pela Justiça.
Como fugiu do flagrante no dia do crime, o acusado chegou a se apresentar à polícia na terça (31), mas foi liberado em seguida.Segundo o delegado, o mandado de prisão foi emitido na sexta (3), mas o suspeito não estava em sua residência. Os policiais, então, passaram a madrugada atrás dele e o encontraram na casa de um conhecido, na Asa Norte, por volta de 11h30 deste sábado.
Entendemos que devido à forma como agiu, atirando contra uma pessoa desarmada, ele poderia oferecer risco novamente
Laércio Rosseto, delegado
Argos deve ser encaminhado à carceragem da Departamento de Polícia Especializada ainda hoje e pode pegar 30 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo fútil. Além disso, responderá também por porte ilegal de arma.
O crime
Argos, 57 anos, estava no bar Chiquinhos, na 312 Norte, com Débora Rodrigues Martins, ex-mulher da vítima. De acordo com a ocorrência, Débora e Eduardo tiveram um relacionamento de 12 anos e uma filha de 11. Mas estavam separados desde dezembro do ano passado.
De acordo com testemunhas, no dia do crime, por volta das 23h, Eduardo chegou ao bar em que estavam a ex-mulher, Argos e mais um grupo de pessoas. As testemunhas contaram que ele tomou satisfações da ex-companheira, que não teria atendido às ligações dele.
Naquele momento, Argos não estava na mesa, pois havia ido ao banheiro. Quando retornou, o servidor do Senado foi interpelado por Eduardo, que seria uma “pessoa muito ciumenta”, conforme revelou a mulher.
Eduardo, então, teria empurrado Argos e teve início uma confusão. Separados, os dois saíram e continuaram a discussão do lado de fora do bar, em via pública. Em seguida, as testemunhas contaram que ouviram um disparo e viram Eduardo caindo, com a mão no peito, ensanguentado.
Argos fugiu do local. Populares colocaram Eduardo ainda vivo no carro e o levaram para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Porém, ele não resistiu e morreu.
Em seu depoimento à polícia, Débora contou que tinha conhecido Argos havia uma semana, durante uma viagem a Rio Branco (AC). O servidor do Senado tem armas registradas em seu nome, mas com porte vencido, segundo a Polícia Civil.