Polícia Civil prende homem suspeito de matar mãe e filha dentro de casa no DF
Josimar Benedito de Paiva, 42 anos, teve um relacionamento recente com uma das mulheres executadas, Giane Cristina Alexandre, 36
atualizado
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O homem apontado como autor do duplo homicídio ocorrido na manhã desta quinta-feira (10/12), em Planaltina, foi preso pela 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina). Josimar Benedito de Paiva, 42 anos, teve um relacionamento recente com uma das mulheres executadas, Giane Cristina Alexandre, 36. A outra vítima, Maria Madalena Cordeiro Neto, 65, era mãe de Giane.
O crime aconteceu nas primeiras horas desta quinta-feira. Vizinhos disseram que ouviram gritos de uma criança durante a madrugada, supostamente o filho da vítima. A suspeita é de que ele tenha presenciado o assassinato.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que investiga o caso, o menino teria buscado ajuda, por volta das 5h30, no portão de um vizinho, dizendo que a mãe a avó corriam perigo.
Na 31ª DP, para onde um dos suspeitos pelo crime foi levado, a nora de Maria Madalena, identificada apenas como Larissa, tentou levar o filho de Giane para casa.
Aos prantos, Larissa recebeu a notícia de que a criança estaria com uma tia. Sem conseguir localizar o paradeiro do menino, que tem 6 anos, Larissa praguejou Josimar. “Espero que ele apodreça na cadeia”, disse.
Gritos por socorro
O crime deixou moradores da quadra 8 do bairro do Arapoanga chocados. Quem encontrou o corpo das vítimas foram os militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), que foram acionados nas primeiras horas da manhã. Às 6h, chegaram ao local e constataram que as mulheres estavam sem vida.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi chamada e isolou o local para que peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) fizessem a perícia.
Madalena e Giane foram encontradas sem vida, cada uma em um quarto diferente, deitadas de bruços, sobre camas. Segundo ocorrência registrada na 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), não há marcas visíveis de violência ou disparos de arma de fogo. Porém, boletim de ocorrência detalha que, nos pulsos das vítimas, há indícios de que elas tenham sido amarradas.
Amiga da família, Maria dos Santos, 48, diz que frequentava a mesma igreja que Madalena. “Ela e eu servíamos juntas na igreja. Até iríamos ontem [quarta-feira], mas ela disse estar passando mal e não foi”, relembra.
Pela manhã, quando saiu para o trabalho, Maria viu as viaturas da PMDF e do Bombeiros na frente da casa da amiga, mas achou que teria ocorrido algum problema de saúde. “Ela tinha problemas nas costas, vivia reclamando. Jamais esperava que algo tão horrível teria acontecido com elas”, lamenta.
Suspeito
Informações preliminares suscitam que Giane teria terminado um relacionamento recentemente com um homem que mora na mesma rua da família. Ele foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
Maria conta que as vítimas reclamavam de receber ameaças do rapaz, bem como “declarações de amor”. “Depois que terminaram, ele deixava flores e desenhava corações na entrada da casa. Mas elas sempre jogavam fora ou apagavam”, narra.
Ao Metrópoles, vizinhos da família afirmam que nunca presenciaram ou ouviram qualquer sinal de violência ocorrida na residência. Marleide de Jesus, 55 anos, conta que, no local, moravam três pessoas na casa. “Era a mãe, a filha e o neto de 6 anos”, revela. A dona de casa disse não ter ouvido barulho, e que, quando acordou, deparou-se com as viaturas policiais. “Ficamos muito tristes com a notícia. Eram pessoas muito queridas na rua”, lamenta a moradora.