Polícia Civil investiga ataque a tiros contra MimoBar como injúria
Estabelecimento é conhecido em Brasília por estar alinhado a pautas LGBTQIA+, dos direitos humanos, antirracismo e vinculadas à esquerda
atualizado
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O ataque a tiros contra o MimoBar é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), inicialmente, como caso de injúria, disparo com arma de fogo e dano. O estabelecimento na 205 Norte foi alvo de disparos na madrugada de domingo (27/11), quando estava fechado.
Os disparos atingiram tonéis estilizados, que serviam como mesas de apoio para quem aguardava atendimento em dias de casa cheia.
No local, havia cartuchos de balas disparadas de calibre 38. As câmeras do bar não registraram imagens do ataque. Para os donos do estabelecimento, a ação teria motivação política e ideológica.
O estabelecimento é conhecido em Brasília por estar alinhado a pautas LGBTQIA+, dos direitos humanos e antirracismo. “Os tiros foram na parte externa, bem em frente à nossa parede com cartazes e mensagens políticas. É um ponto de manifestação, onde temos a placa da Marielle Franco”, destacou Lucas Tobias, sócio do MimoBar.
Na internet, o MimoBar também tem sido alvo de ataques digitais. No Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, o estabelecimento promoveu um desfile de pessoas pretas. “Nesse dia, sofremos ataques verbais de um homem”, acrescentou Tobias.
“Acreditamos que isso faz parte desse movimento de ódio e de ataques contra lugares e pessoas de esquerda”, ressaltou. Segundo a sócia administradora do local, Ana Júlia Melo, um morador da quadra contou que, por volta das 3h, duas pessoas teriam descido de um carro e disparado quatro tiros em direção à fachada do Mimo.
Além de registrar ocorrência na PCDF, os sócios do bar também solicitaram mais policiamento na região para a Polícia Militar do Distrito Federa (PMDF).
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) pediu a investigação do caso Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e à PCDF.