Polícia apura se carro incendiado tem relação com Lázaro Barbosa
Forças policiais encontraram o veículo destruído pelo fogo, na manhã desta terça-feira (22/6), em área de mata de Girassol
atualizado
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Policiais que atuam nas buscas por Lázaro Barbosa, 32 anos, encontraram um carro incendiado na manhã desta terça-feira (22/6), em uma área de mata, na região de Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás. Os profissionais da segurança apuram se o veículo encontrado pode ter sido usado pelo criminoso.
O veículo, sem placa, foi encontrado em um barranco, na descida de uma estrada de terra, próximo à Gruta dos Ecos. Peritos da Polícia Civil de Goiás (PCGO) chegaram ao local por volta das 14h15 e terminaram o trabalho uma hora depois, sem falar com a imprensa ao final.
O carro queimado aparenta ser um Chevrolet Corsa Classic. O Metrópoles apurou que a polícia tentou abordar um veículo na madrugada desta terça, por volta da 1h, na região, mas o motorista teria fugido. Ainda não se sabe se o carro encontrado nesta manhã é o mesmo visto na madrugada.
Este é o 14º dia de buscas por Lázaro. Ele é acusado de cometer uma série de crimes – entre os quais, uma chacina que vitimou quatro pessoas da mesma família, no Incra 9, em Ceilândia, no dia 9 de junho deste ano.
Veja fotos da perícia:
Caso a polícia confirme que o foragido usou o carro, essa não seria a primeira vez que ele abandona um veículo e o incendeia. Na madrugada do último dia 11, Lázaro teria roubado um carro em Ceilândia. Depois, incendiou e abandonou o veículo em Cocalzinho.
Após duas semanas de buscas, ainda participam da operação policiais federais, de Goiás e do Distrito Federal. Na BR-070, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) segue com os bloqueios e as revistas de veículos.
Medo
Apesar das buscas constantes, desde sexta-feira (18/6) não há informações confirmadas em relação ao paradeiro do criminoso. A falta de novidades tem aumentado o medo da população da região.
O vendedor ambulante Wilson Rodrigues dos Passos, 52 anos, mora há 5 anos em Girassol com a esposa. Ele vende alimentos como queijo, doces e coco às margens da rodovia, próximo à escola municipal Alto da Boa Vista, onde está montada a base de operações da polícia.
“Antes disso tudo, o movimento era tranquilo, bom demais da conta. Agora, passa viatura o tempo todo, o povo está com medo e não para mais para comprar. Mal consigo vender”, lamenta.
Além de ter o emprego afetado, Wilson não dorme bem há dias. “Aquele tiroteio que teve aqui na semana passada eu ouvi tudo, foi perto da minha casa. Foram uns 20 a 30 tiros. Aí, eu falei: ‘Pronto, agora pegou’. Mas, aí, nada”, conta o morador.