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Polícia abre inquérito para investigar morte de aluno após aula de crossfit. Academia não tem alvará de funcionamento

Administração do Park Way informou que a Selva não poderia funcionar no local. De acordo com a norma de gabarito, “a região não pode ter estrutura comercial ou de ensino, como é o caso”

atualizado

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A 21ª Delegacia de Polícia (Areal) abriu inquérito para investigar a morte de Roberval Ferreira de Souza Júnior, 35 anos, aluno de crossfit em uma academia no Park Way, nessa segunda-feira (29/2). Além da ação policial, uma outra apuração foi aberta, já que de acordo com a Administração Regional da cidade o CrossFit Selva não possui a autorização necessária para funcionar no local.

Além do resultado do laudo cadavérico, o delegado-chefe da 21ª DP, Alexandre Nogueira, pediu aos médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) que os exames sejam produzidos de forma detalhada. “Queremos saber a causa real da morte. Todas as circunstâncias serão apuradas”, disse. Alunos, professores e outras testemunhas que estavam no momento da morte serão intimados a depor na delegacia.

Sobre as irregularidades envolvendo o estabelecimento, a administração do Park Way informou que a academia Crossfit Selva não poderia abrir as portas. De acordo com a norma de gabarito, “a região não pode ter estrutura comercial ou de ensino, como é o caso da academia. A restrição impede a administração de emitir alvarás de funcionamento para tais fins”, afirmou a administração, por meio de nota.

Procurada pelo Metrópoles, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) ressaltou que auditores foram ao local, nesta terça-feira (1º/3), e verificaram que o estabelecimento estava fechado em luto ao falecimento do aluno. “A agência comunica que fará novas visitas ao local e, caso seja comprovada a irregularidade, a Agefis notificará o proprietário”, disse a nota.

A morte de Roberval reacendeu o debate sobre o fim da exigência de atestado médico para efetivar matrículas nas academias e a necessidade de fazer um check-up e de verificar se os estabelecimentos são credenciados pelo Conselho Regional de Educação Física.

A reportagem fez diversas ligações para o proprietário do CrossFit Selva e sua assessoria, mas até o fechamento desta matéria a academia não havia se pronunciado sobre as informações prestadas pela administração do Park Way.

Transferência

Após abrir as investigações, a 21ª DP transferiu o caso para a 4ª DP (Guará). Segundo o delegado-chefe da unidade, Rodrigo Larizzati, a mudança só ocorreu por conta do local onde funciona a academia, dentro da circunscrição da delegacia do Guará. “Essa transferência ocorreu apenas pelo fato do Selva estar dentro de nossa área, mas vamos seguir na mesma linha de investigação que o delegado Alexandre Nogueira vinha adotanto”, disse.

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