PMs se envolvem em confusão na fila de mercado e vão parar na delegacia
Cliente que aguardava para pagar compras no caixa teria xingado os policiais após eles passarem na frente, alegando que estavam a serviço
atualizado
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Policiais militares se envolveram em uma briga na fila de um mercado de Brasília e foram parar na delegacia. O desentendimento, ocorrido na entrequadra comercial 412/413 sul, começou na fila do caixa.
Segundo os PMs contaram na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), eles teriam parado para comprar água no mercado. Ao perceber que o estabelecimento estava lotado, pediram para passar na frente, pois estavam a serviço.
Nesse momento, um homem e dois adolescentes teriam começado a chamá-los de “policiais de merda”, “desgraçados” e de “almas sebosas”.
As ofensas teriam continuado do lado de fora do mercado, e uma viatura com outros PMs foi acionada e seguiu até o local. Foram necessários três policiais militares para conter o homem.
Na delegacia, o pivô da confusão disse que os militares tentaram “furar fila” e que estariam no local para comprar bebidas alcoólicas. Contudo, o homem, identificado como Pedro Henrique, disse não se lembrar muito bem do que havia ocorrida, pois “estava doidão”, segundo depoimento prestado na 1ª DP.
Pedro Henrique afirmou lembrar-se de estar no chão algemado e seu irmão, um adolescente, gritando com os policiais, dizendo que “não precisava disso”.
Celular
Segundo depoimento na delegacia, o irmão de Pedro Henrique disse que a confusão se acirrou quando os PMs notaram que o rapaz estava filmando a ação.
“Quando perceberam que estavam sendo filmados, exigiram o celular do adolescente. Este se negou à ordem, os policiais lhe bateram com um cacetete nas costas e na cabeça, tendo, por fim, tomado o celular do rapaz”, diz descrição dos fatos registrada na 1ª DP.
Os policiais, segundo narrativa dos acompanhantes de Pedro Henrique, tentaram forçar o adolescente a desbloquear o celular, afirmando
que, se o fizesse, todos seriam liberados. Como o rapaz se negou, ele e os irmãos foram conduzidos à delegacia.
Todos assinaram um Termo Circunstanciado. Os PMs negaram estar com o celular do adolescente. Os fatos foram confirmados à reportagem pela Polícia Militar.