PMMA: fabricante diz que produto falso foi usado em influencer morta
Aline Maria Ferreira, 33 anos, morreu após ter passar por procedimento estético. Fabricante de PMMA nega que efeito tenha sido do produto
atualizado
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O laboratório farmacêutico de PPMA (polimetilmetacrilato) alegou, em nota enviada ao Metrópoles, que a morte da influencer brasiliense Aline Maria Ferreira, aos 33 anos, foi causada por produto clandestino, e não pela versão validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O modus operandi dos clandestinos para atrair vítimas consiste em anunciar procedimentos com PMMA, porém com um valor muito aquém de qualquer serviço minimamente seguro, o que por si só é capaz de levantar a suspeita de uso de produtos adulterados, falsificados ou totalmente incompatíveis com o uso médico, como é o caso do silicone industrial”, informou a defesa.
Segundo a defesa da fabricante MTC Medical, o PMMA tem a venda exclusiva a médicos, com alvarás sanitários para o uso.
“Importante destacar que as investigações do caso da morte da influencer apontam que produto que lhe foi injetado foi retirado de potes da bolsa da falsa biomédica e que as seringas foram então enchidas com esse material, cuja apresentação é totalmente distinta do PMMA legítimo”, completou a defesa do produto.
O caso
Aline Ferreira teve infecção generalizada e morreu, em 2 de julho, após passar por procedimento estético nos glúteos. A influencer, que contava com mais de 47 mil seguidores no Instagram, morreu em um hospital privado da Asa Sul, onde estava internada desde 29 de junho. Antes, ela havia sido atendida no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Veja fotos de Aline:
Testemunhas informaram à polícia que a modelo começou a passar mal logo após a intervenção estética feita pela biomédica Grazielly Barbosa, em 23 de junho deste ano. Os familiares lembram que a jovem voltou para casa, no Gama, e começou a ter febre e dor na barriga. Eles entraram em contato com a clínica, que recomendou apenas um analgésico para dor de cabeça.
A falsa biomédica foi levada para a delegacia após receber voz de prisão em flagrante por crimes contra as relações de consumo.