PMDF quer comprar 200 bafômetros por R$ 9,3 mil cada: total de R$ 1,8 mi
O extrato da ata de registro de preços foi publicado na edição do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (27/2)
atualizado
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Foi publicado, na edição do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (27/2), o extrato da ata de registro de preços para a compra de 200 novos bafômetros. O objetivo é atender à demanda da Polícia Militar do DF (PMDF).
Conforme o texto do DODF, a vigência é de 12 meses, a contar da publicação. O valor estimado para a compra é de R$ 9.399, por unidade. Isso significa que o total de aparelhos eletrônicos está orçado em R$ 1.879.800.
Na publicação no Diário Oficial, o valor unitário aparece como R$ 9.933. Segundo a PMDF, porém, houve um erro de digitação, e “a retificação será feita amanhã”.
O pregão foi aberto em 29 de outubro de 2020. O objetivo era registro de preço “para futura aquisição de 200 aparelhos eletrônicos para detecção de teor alcoólico — etilômetros — para coibir a prática de direção de automotores por pessoas sob o efeito de álcool”. A empresa vencedora foi a AGS Comércio e Serviços Ltda.
Diferença de preços
Também em outubro, no dia 21, o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) abriu um pregão eletrônico para a compra de bafômetros. No entanto, a aquisição de 40 unidades ficou por R$ 60.360. Isto é, cada unidade saiu por R$ 1.509, R$ 7.890 a menos do que o preço da unidade do aparelho comprado pela PMDF. A empresa fornecedora é a Caravan Exportação & Importação do Brasil Ltda.
Segundo a descrição do produto na ata de realização do pregão do Detran, trata-se de “etilômetro que possa ser utilizado com ou sem a participação ativa do examinado, que possa ser operado através de um único botão e com a utilização de sensor eletroquímico sensível ao álcool e que não reaja a cetonas ou hidrocarbonetos e sem o uso de bocal”.
No caso da aquisição pela PMDF, o bafômetro é mais moderno. Na descrição do produto na ata de realização do pregão, consta que cada conjunto contém: “um etilômetro com capa e fiel de segurança, impressora térmica com bateria Li-ion recarregável, 4 bobinas, 2 carregadores AC/DC, 2 cabos USB, pen drive instalador software, manual de instruções, carregador veicular DC 12 volts para etilômetro e um carregador veicular DC 9 volts para impressora”.
A descrição detalha que o etilômetro é de fabricação australiana. “Modelo LE5 célula de combustível eletroquímica (Platina premium). Portátil, display iluminado noite/dia, bateria interna Li-ion recarregável no próprio aparelho com autonomia para até 2.000 testes, saída USB, impressão via bluetooth. Armazenamento para até 30.000 testes e gerenciamento de dados — software do próprio fabricante.”
O que diz a PM
Em nota, a PMDF justificou a compra por este preço, informando que “o equipamento é composto pelo etilômetro, sua impressora, todos os cabos, o seu software, a maleta própria e mais 500 bicos descartáveis por aparelho”.
“Cabe ainda ressaltar que este equipamento tem a capacidade de aferir na forma passiva e também ativa, o que abrevia em muito o tempo da abordagem. Pode ser usado por um turno de 12h de serviço sem recarga, possui garantia de 3 anos e tem como resultado final de seu emprego o salvamento de milhares de vidas, desde o início de seu uso pela PMDF. O valor representa a tendência de mercado e foi obtido seguindo as diretrizes do Sistema de Registro de Preços da Lei de Licitações”, disse a corporação, no texto.