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PMDF investiga cabo que fez dancinha e zombou da corporação

No último dia de serviço, praça da PMDF menosprezou a instituição em vídeo. Para a PMDF, ele tem “desvio de personalidade”

atualizado

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Reprodução
Gesto obsceno
1 de 1 Gesto obsceno - Foto: Reprodução

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) abriu Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do cabo que zombou da corporação com dancinha e gestos obscenos ao se despedir da instituição policial nesta semana.

Tudo começou quando Bruno James publicou vídeos no perfil que mantém no Instagram sobre o último dia na PMDF, pois ele vai estudar no Canadá. Nas imagens, ele desdenha da corporação ao dançar e fazer um gesto obsceno, apontando o dedo médio para o prédio do comando-geral, no Setor Policial Sul.

Veja vídeo do cabo da PMDF:

Ao Metrópoles, a PMDF informou que foi aberto um procedimento apuratório, que está sob sigilo. Acrescentou que sempre adotará os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência em seus atos. “Assim, todo e qualquer ato que possa vir a denegrir a imagem ou ser contra o regramento militar será apurado com o devido processo legal, seguindo os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório”, esclareceu, em nota.

As imagens foram divulgadas nessa quinta-feira (15/7). Para a PMDF, o cabo tem “desvio de personalidade”. Em nota sobre o vídeo gravado pelo cabo da corporação e divulgado em redes sociais, a entidade avaliou que o militar não tem as características necessárias para compor “uma instituição, cuja missão precípua é servir à sociedade”.

Ainda segundo uma fonte policial, a corporação também comunicou a conduta para a Embaixada do Brasil no Canadá.

“A saída da instituição, mesmo que de forma desonrosa e vexatória, deve ser avaliada de forma positiva pelo cidadão por não ter mais uma pessoa, com tal desvio de personalidade, trabalhando em prol da segurança pública”, destacou a PMDF, após a repercussão do caso. Ainda de acordo com a corporação, a atitude demonstra personalidade egoísta por parte do militar.

A PMDF acrescentou que, enquanto serviu no DF, o autor do vídeo foi tratado com civismo e camaradagem; por isso, a atitude dele causou surpresa, tristeza e indignação entre os ex-colegas de farda. Por fim, a instituição destaca que vai apurar a veracidade do vídeo e a autoria das imagens para “tomar as medidas cabíveis”.

Punição

De acordo com artigo 162 do Código Penal Militar, “o menosprezo ou vilipêndio de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo pode ser punido com 6 meses a 1 ano de detenção”. A pena é aumentada se o crime for feito em público.

Confira, na íntegra, a resposta da PMDF:

“A Polícia Militar e todos seus integrantes repudiam veementemente atos como o vídeo amplamente veiculado em redes sociais no qual, supostamente, um ex-policial denigre a imagem da corporação. O suposto autor do vídeo demonstra não possuir as características pessoais necessárias para fazer parte de uma instituição, cuja missão precípua é servir a sociedade do Distrito Federal. Portanto, a saída da instituição, mesmo que de forma desonrosa e vexatória, deve ser avaliada de forma positiva pelo cidadão por não ter mais uma pessoa, com tal desvio de personalidade, trabalhando em prol da segurança pública. Manifestações como esta, atentatórias aos valores da instituição, refletem um comportamento egoísta que visa tão somente à satisfação de interesses pessoais, deixando de lado os anseios da sociedade por servidores públicos imbuídos na missão de servir a população do Distrito Federal. Cabe ressaltar que durante o período que o suposto autor do vídeo serviu na Polícia Militar, foi tratado com civismo e camaradagem – valores inerentes a todas as instituições militares – cujo objetivo é proporcionar um ambiente de harmonia e confiança entre os militares. Por isso, o deplorável ato foi recebido com imensa surpresa, tristeza e indignação. Por fim, o Departamento de Controle e Correição da Polícia Militar está apurando a veracidade e autoria do referido vídeo para tomar as medidas cabíveis“.

O Metrópoles tentou entrar em contato com o militar pelas redes sociais, mas o perfil dele não foi encontrado.

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