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PMDF faz reconstituição da morte de médico durante abordagem na Asa Sul

Luiz Augusto Rodrigues foi atingido com um tiro na cabeça por um policial militar após sair de um bar

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1 de 1 local onde médico foi morto abordagem pmdf - Foto: Nathália Cardim/Metrópoles

A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizará, nesta quarta-feira (22/7), a reconstituição da morte do médico endocrinologista Luiz Augusto Rodrigues, de 45 anos. Em novembro de 2019, a vítima foi baleada por um policial militar durante uma abordagem ocorrida na quadra 314, da Asa Sul.

Todos os envolvidos foram intimados a comparecerem às 22h no Central de Inquéritos da corporação. Eles acompanharão, na condição de testemunhas, a reprodução simulada do homicídio dentro do Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para apurar a abordagem.

A PMDF informou que o trânsito de veículos nas vias W1, W2 e W3 terão seu fluxo desviado, restringindo o acesso à comercial da 314/15 sul. A corporação ainda ressalta que será realizada a simulação do disparo de arma de fogo, com a utilização de munição de festim, na qual não existe projétil, apenas a luz e o estampido.

Polícia Civil concluiu inquérito em junho

As investigações realizadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foram concluídas no fim de junho. Segundo a 1ª Delegacia de Polícia, responsável pela apuração do homicídio, o militar teria praticado o crime com dolo eventual, ou seja, ele, com a atitude, assumiu o risco de produzir o resultado.

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O médico Luiz Augusto Rodrigues morreu baleado

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O entendimento foi que a intenção do militar era atingir o amigo da vítima, que é sargento reformado e teria sacado uma arma para os PMs. Mesmo assim, a postura do acusado foi considerada imprudente.

“O policial, quando efetua um disparo de arma de fogo, não pode fazer da mesma forma que um criminoso comum. Quando um policial militar utiliza esse armamento, ele deve ter consciência de que o disparo pode ser bem-sucedido e ser utilizado da forma adequada em locais adequados”, observou, à época, o delegado responsável pelo caso, Marcelo Portela.

O tiro que atingiu Luiz Augusto veio de uma carabina, da Imbel, calibre 5.56. Segundo os socorristas, o homem foi atingido na cabeça. De acordo com testemunhas, antes de morrer, Luiz Augusto Rodrigues assistia ao jogo do Flamengo contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro de 2019. Estava no Bar e Restaurante Cabana.

Na época, a Polícia Militar afirmou que o tiro foi dado “diante do risco iminente”. Afirmou ainda que “os policiais não tiveram alternativa e efetuaram dois disparos, que atingiram um dos homens”.

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