PMDF alega gastos excessivos com Covid-19 e suspende cirurgias eletivas
Plano de saúde oferecido pela corporação irá cobrir apenas casos de urgência e emergência, além de tratamentos que não podem ser suspensos
atualizado
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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) suspendeu as cirurgias eletivas em todas as especialidades médicas atendidas pelo plano de saúde da corporação, desde segunda-feira (17/8). A informação foi repassada à tropa por meio de uma circular, na qual foi explicado que o corte nos serviços se deve à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Praças e oficiais da ativa e aposentados, além de seus familiares, permanecem tendo direto a atendimento em casos de urgência e emergência.
De acordo com o documento elaborado pelo Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal (DSAP) da PMDF, a corporação se viu obrigada a destinar grande parte do seu orçamento para custear despesas com serviços de urgência e emergência por conta do aumento da demanda envolvendo tratamentos para o combate à Covid-19.
A PMDF ainda ressalta, no documento, ter pedido crédito suplementar de R$ 28 milhões à Secretaria de Economia, mas não foi atendida.
Apesar da suspensão das cirurgias eletivas, outros tratamentos que não podem ser interrompidos permanecem com as consultas ativas. É o caso dos atendimentos oncológicos, cardiológicos, de hemodiálise, home care, saúde mental, psiquiátricos, e outros que possuem caráter urgente e não podem ser paralisados.
O documento reforça, ainda, que serviços como os de atendimento ambulatorial em imagenologia, laboratório de análises clínicas, medicina transfusional, genética, anátomo patologia e citopatologia também foram suspensos tanto no centro médico da PMDF quanto nos hospitais da rede credenciada.
Segundo o DSAP, a medida será mantida enquanto durar o estado de contingenciamento ou mediante comunicação expressa do departamento.
“Além das medidas austeras e diligentes de controle dos gastos de saúde da PMDF, estão sendo implantadas outras para racionalização das despesas, como a auditoria rigorosa das contas médicas com aplicação de protocolos mais exigentes, fiscalização efetiva dos contratos vigentes e regulação dos serviços oncológicos”, aponta.
Procurada pelo Metrópoles, a corporação confirmou todas as informações divulgadas por meio da circular.