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PM que matou colega ficou 133 dias afastado para cuidar da saúde

Desde que entrou na PMDF, segundo-sargento Paulo Pereira de Souza ficou afastado da corporação por mais de quatro meses não consecutivos

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Desde que entrou na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Paulo Pereira de Souza (foto em destaque) ficou afastado da corporação por 133 dias para tratar da saúde. No último dia 14, o segundo-sargento matou um colega de farda, o soldado Yago Monteiro Fidelis, e tirou a própria vida em seguida.

Documentos aos quais a reportagem teve acesso revelam que o militar recebeu, em diversas ocasiões, o direito à Licença para Tratamento de Saúde Própria (LTSP). A maior parte dos períodos de afastamento foram concedidos entre 2014 e 2018.

A Portaria nº 1.258/2022 da PMDF detalha que a LTSP é um tipo de dispensa médica concedida a PMs e homologada em inspeção de saúde, que autoriza temporariamente o afastamento total do policial das atividades.

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Por dia, seis policiais militares são afastados devido a questões de saúde mental no DF
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Veelório do soldado Yago Monteiro

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Por dia, seis policiais militares são afastados devido a questões de saúde mental no DF

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Parentes e militares ficaram revoltados após o episódio

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Pouco antes da tragédia, no Recanto das Emas, o sargento havia sido transferido de batalhão. Alguns colegas da corporação chegaram a relatar que Paulo enfrentava problemas psicológicos.

No momento dos tiros, em um carro oficial da PMDF, havia três policiais no carro. O sargento estava no banco de trás quando disparou na cabeça de Yago, que estava no banco do motorista. O militar que estava no banco do carona, o também segundo-sargento Diogo Carneiro dos Santos, escapou sem ferimentos.

O solado chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A PMDF informou que trabalha “em estreita colaboração com a PCDF [Polícia Civil do Distrito Federal] e a corregedoria [militar] para garantir uma investigação completa e justa”.

Velório

Yago foi enterrado no Cemitério do Gama, na terça-feira (16/1), com salva de tiros e homenagens. Os pais dele não queriam que o soldado entrasse na PMDF, segundo parentes.

No entanto, a paixão pela segurança pública e o desejo de proteger a comunidade falaram mais alto para fazerem Yago vestir a farda. A família dele pediu que a morte do militar não seja esquecida e cobrou que a corporação cuide melhor da tropa.

Na quinta-feira (18/1), a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) instituiu a Política de Qualidade de Vida no Trabalho. No dia seguinte, a PMDF informou que instaurou inquérito policial militar para investigar o caso.

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