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PMs presos por “grito de guerra” são soltos após pressão de familiares

A prisão disciplinar de natureza cautelar foi determinada pelo chefe do Departamento de Controle e Correição da Corregedoria-Geral

atualizado

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Parentes de PMs presos fazem vigília em frente à Rotam
1 de 1 Parentes de PMs presos fazem vigília em frente à Rotam - Foto: Reprodução

A turma de 25 policiais militares formada no VIII Curso de Rondas Ostensivas Táticas Móveis da PMDF (Rotam) detida por 72 horas foi solta na madrugada deste sábado (2/9), após pressão de familiares. O grupo foi punido depois de entoar um “grito de guerra” considerado ofensivo pela corporação, quando se encerrou a cerimônia de formatura, na quarta-feira (30/8). A PM também abriu inquérito para apurar a participação de cada um no possível crime de motim e incitamento.

Os militares foram detidos no início da tarde de sexta (1), mas não ficaram nem 12 horas aquartelados. À noite, parentes acamparam em frente à sede da Rotam, na Cidade do Automóvel, e prometeram ficar em vigília até que eles fossem soltos. “Isso é inadmissível. Não podemos aceitar que eles fiquem presos”, disse Edileuza Silva, representante do Grupo das Esposas Unidas.

Por volta de 0h50, o grupo foi liberado por decisão do comando-geral da corporação. O acordo foi costurado para que, em troca, os familiares encerrassem o protesto e deixassem o local. Na saída dos policiais, houve gritos de comemoração e aplausos. Porém, todos os formandos ficaram em silêncio e seguiram em direção aos carros.

Além do “grito de guerra” com palavrões, eles foram punidos por deixarem de cantar o hino da PMDF durante a formatura. A tropa deveria cumprir a prisão administrativa até a próxima segunda-feira (4), por determinação do chefe do Departamento de Controle e Correição da Corregedoria-Geral da PM, coronel Edmar Martins.

Os militares, de acordo com o alto comando da PM, apresentaram “prática de conduta contrária aos preceitos estatuídos no ordenamento jurídico pátrio ofensivo à ética, aos deveres e às obrigações policiais militares”. Entre os presos, está uma capitã, subcomandante do batalhão da Rotam.

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Comandante das Missões Especiais pede apuração dos fatos e denuncia conduta dos formandos e da capitã que coordenou o curso
Meme que já circula nos grupos de WhatsApp
Corregedoria da PM, para onde os policiais foram levados
Policiais recebem quentinhas providenciadas pelos advogados
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Parentes de PMs presos fazem vigília em frente à Rotam

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Comandante das Missões Especiais pede apuração dos fatos e denuncia conduta dos formandos e da capitã que coordenou o curso

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Corregedoria da PM, para onde os policiais foram levados

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Policiais recebem quentinhas providenciadas pelos advogados

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PMs dentro do ônibus aguardam para prestar depoimento

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Corregedoria da PM, no trecho 3 do SIA

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Curso de formação da Rotam

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O motivo da prisão seria o “grito de guerra” criado pelos alunos para comemorar a formatura, entoado após os protocolos militares. A música traz, em uma de suas estrofes, a palavra “caralho” e, por isso, o grupo foi convocado a prestar esclarecimentos. Na tarde desta sexta-feira (1º/9), os policiais foram ouvidos na corregedoria. Além da canção, foi questionado o fato de a tropa não ter cantado o hino da corporação.

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Em nota enviada pelo Centro de Comunicação Social da PM, no final da tarde desta sexta (1), a corporação confirmou a prisão dos militares e afirmou que a detenção ocorreu “devido à gravidade do fato, desrespeito às normas militares e aos valores que eles (policiais) deveriam cultuar”.

 

Confira a letra da música e o vídeo:

Foi na semana 0 que o 21 morreu
Quem nunca viu ficou encabulado
Um bando de zumbi fez uma árvore do caralho
Frio da desgraça lagoa e geladeira
Cabo submerso era água noite inteira

 

Além dos 25 policiais militares, a turma do curso ainda contou com a participação de um agente penitenciário do DF e um policial rodoviário federal.

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