PM prende homem suspeito de esquartejar e jogar vítima em esgoto no DF
A vítima é Anderson Rocha Alves, 35 anos. O homem foi torturado, queimado, esquartejado e teve partes do corpo encontradas no esgoto
atualizado
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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu, por volta das 22h dessa quinta-feira (6/7), em Sobradinho, um dos suspeitos de envolvimento no bárbaro crime ocorrido em junho desse ano, em que um homem de 35 anos foi assassinado e esquartejado no Guará.
A vítima é Anderson Rocha Alves (foto principal), 35 anos. O homem foi torturado, queimado, esquartejado e teve partes do corpo encontradas em uma estação de tratamento de esgoto da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), na Avenida das Nações.
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), traficantes cometeram o crime após um desentendimento por compra de entorpecentes. Os criminosos teriam executado a vítima para dar “exemplo”. Isso porque os suspeitos teriam sido enganados após uma transação de drogas com dinheiro falso.
O suspeito traficava em Sobradinho e estava escondido no Assentamento Dorothy. As equipes do Grupamento Tático Operacional (GTOP) prenderam o homem e, juntamente com a equipe de inteligência, o identificaram como sendo um dos envolvidos no caso do Guará.
O acusado foi levado à 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) com a maconha encontrada. Ele foi autuado por tráfico de drogas.
O delegado adjunto da 4ª DP (Guará), João de Ataliba, responsável pela investigação do homicídio, afirmou que o homem preso pela PM faz parte da quadrilha procurada por cometer o crime.
“Ele ainda não estava identificado, conhecíamos apenas seu apelido: Book. A princípio não teve participação na morte. Mas ele estava na biqueira no dia e pode ter participado do esquartejamento. Será interrogado hoje. Ele não tinha mandado de prisão relacionado ao caso, mas a prisão dele é muito importante para a investigação”, afirmou.
Foragidos
A PCDF ainda procura por cinco foragidos da Operação Desmancha, deflagrada nessa terça-feira (4/7).
Quem tiver informações sobre a localização dos criminosos deve entrar em contato com a PCDF por meio do disque-denúncia 197. O anonimato é garantido.
Confira as imagens dos foragidos:
Os policiais descobriram que o crime ocorreu em uma região chamada Biqueira, situada em uma área verde entre a linha do trem que passa entre o Guará e o ParkShopping. A execução ocorreu entre os dias 19 e 20 de junho e contou com a participação de um grupo de traficantes que comanda a área. O chefe do bando, identificado como Mancha, teria sido um dos mandantes.
De acordo com o delegado João de Ataliba, a região da Biqueira se tornou um reduto de traficantes e usuários de drogas. Muitos chegam a passar semanas no local dormindo em barracas de camping e usando drogas.
“As apurações apontam que Anderson teria comprado entorpecentes com notas falsas e os traficantes descobriram”, explicou. A vítima foi rendida, espancada e morreu com disparo de arma de fogo no rosto. Em seguida, Anderson teve o corpo queimado e esquartejado.
Confira fotos da Operação Desmancha:
Nas primeiras horas de terça-feira (4/8), os policiais prenderam três pessoas e cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, em Santa Maria, Recanto das Emas e Guará relacionados ao crime.
DNA
Partes do corpo de Anderson começaram a aparecer na estação de tratamento de esgoto da Caesb entre os dias 23 e 24 de junho. O material foi encaminhado para análise do Instituto Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF e especialistas confirmaram que todos os fragmentos eram do mesmo cadáver, além de comprovar a identidade do homem.
Um mês após o crime, em 18 de julho, um dos responsáveis pela morte brutal de Anderson também perdeu a vida. Luis Guarino Couto, que seria um dos alvos da operação, acabou morto durante um assalto a um motorista de aplicativo no Paranoá.