PM encontra mais 16 cobras exóticas escondidas em núcleo rural do DF
Batalhão Ambiental crê que existe relação entre as cobras encontradas nesta quinta (9/7) com a Naja que picou um estudante de veterinária
atualizado
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O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) localizou, nesta quinta-feira (9/7), mais 16 cobras sem documentação que eram mantidas em cativeiro no Distrito Federal. Escondidas dentro de uma baia de cavalo em um terreno do núcleo rural Taquara, em Planaltina, elas foram levadas à 14ª DP, no Gama.
De acordo com a corporação, tudo indica que há relação deste local com a Naja que picou o estudante Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos. “Muito provavelmente relacionada com aquela serpente apreendida ontem. Com muito trabalho das nossas equipes, logramos êxito em encontrar essa localizade”, diz o Major Elias Costa.
As serpentes ainda não foram identificadas, tarefa que ficará a cargo do Ibama. No entanto, o comandante da corporação afirma que várias espécies não são nativas do cerrado ou da fauna brasileira. “Vemos que está tendo um contrabando não só dentro do Brasil, mas também internacional dessas cobras para cá”, afirma.
Ninguém foi preso.
Naja deixou estudante em coma
Picado por uma cobra Naja kaouthia na terça-feira (7/7), o universitário Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul apresentou melhora em seu quadro clínico, mas permanece internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital Maria Auxiliadora, no Gama.
Nesta quarta-feira (8/7), ele começou a passar por processos de hemodiálise. Ocasionalmente, o veneno ofídico tende a prejudicar a função renal. Pedro chegou a receber doses da única amostra de soro produzido a partir do veneno da Naja.
A Polícia Civil do Distrito Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) abriram investigação para identificar como a cobra chegou ao Brasil. O animal integra a lista das serpentes mais venenosas do mundo e foi capturado nesta quarta (8/7). Quem criava o animal exótico era o universitário.
A suspeita de investigadores da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) é de que a serpente tenha sido alvo de tráfico internacional de animais exóticos. Segundo o Ibama, no DF não existe registro, nos últimos anos, da entrada legal de uma serpente dessa espécie.