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PM e sargento acusados de estupro coletivo responderão em liberdade

O pedido de revogação da prisão se sustentou na “ausência de fundamento para encarceramento”. Metrópoles tenta localizar a defesa da vítima

atualizado

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O subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Irineu Marques Dias e o sargento do exército Thiago de Castro Muniz, acusados de participarem de um estupro coletivo de uma jovem de 25 anos em Águas Lindas de Goiás, responderão o processo em liberdade até a sentença.

Estupro coletivo ocorreu em festa organizada por irmão de subtenente da PMDF

Os investigados acabaram soltos nessa quarta-feira (19/1), após decisão da Justiça de Goiás. De acordo com o advogado do PM, Aldênio de Souza, o pedido de revogação da prisão se sustentou na “ausência de fundamento legal para encarceramento”.

Os dois foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por supostamente terem cometido o crime em 9 de outubro do ano passado. Eles ficaram 101 detidos no presídio militar de Goiânia (GO).

Segundo a defesa do PM, a jovem de 25 anos não compareceu à audiência de instrução, na última segunda-feira (17/1). Conforme Aldênio, ela foi procurada pelo Judiciário, mas não atendeu as ligações, o que levou os advogados a entrarem com o pedido de revogação da prisão.

O Metrópoles tenta localizar a defesa da jovem. O espaço permanece aberto para manifestações.

O que diz o TJGO

Em nota, o TJGO informou que, “a respeito do caso do suposto estupro coletivo ocorrido em Águas Lindas, em outubro do ano passado, o processo tramita em segredo de justiça por imposição legal (artigo 234 do CP)”.

O Tribunal frisou que, na segunda-feira, houve uma audiência, na qual 11 pessoas foram ouvidas. “A suposta vítima, contudo, apesar de esforços empreendidos pela unidade judiciária, não foi localizada”. “Em processos que se investigam crimes contra a dignidade sexual, praticados, em regra, de modo clandestino, a oitiva das supostas vítimas é fundamental para  a resolução do caso”, diz o texto.

Ainda de acordo com a Justiça de Goiás, “a soltura de acusados durante o decorrer do processo não necessariamente está relacionada à crença de que os fatos narrados na denúncia não ocorreram, ou com eventual acatamento da tese de defesa de negativa de autoria, ou ausência de crime”.

“Em relação ao processo em que se investiga suposto crime de estupro coletivo ocorrido em Águas Lindas – GO, a instrução processual permanece em curso e nenhuma decisão sobre absolvição/condenação fora proferida”, conclui a nota.

Relembre o caso

De acordo com a denúncia do MPGO, a jovem de 25 anos participou de uma festa numa residência no Bairro Parque Barragem, em Águas Lindas, em 8 de outubro de 2021. Na manhã do dia seguinte, ela resolveu dormir em um dos quartos da casa, pois a festa, em princípio, terminaria somente no domingo (11/10).

“Ela está bastante abalada”, diz delegada sobre vítima de suposto estupro coletivo

Contudo, logo após ter se dirigido ao quarto, o policial Irineu Dias teria entrado no local e, conforme relato dela, colocado uma arma de fogo sobre a cama em que ela estava dormindo, a fim de intimidá-la. Em seguida, ela conta que ele retirou suas roupas e iniciou uma “escala de revezamento” de estupros, supostamente praticados pelos denunciados e outros quatro homens ainda não identificados.

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