PM do DF é preso acusado de abastecer Comboio do Cão com armas de fogo
O servidor é suspeito de fornecer armamentos e munições para a organização criminosa que atua no DF e Entorno
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um policial militar reformado durante a Operação Cáfila, deflagrada nessa quarta-feira (17/11). O objetivo é desarticular a atual estrutura de comando da organização criminosa conhecida como Comboio do Cão no DF.
Ao todo, foram expedidos 19 mandados de prisão cautelar pelos agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Decor). Os presos vão responder, a princípio, por tráfico de drogas, organização criminosa, posse e porte ilegal de arma de fogo, tráfico de arma de fogo e lavagem de dinheiro.
O servidor da PMDF seria o responsável por abastecer os bandidos com armas e munições. Agora, o aposentado cumpre prisão temporária. Em nota ao Metrópoles, a corporação destacou que “não coaduna com nenhum desvio de conduta dos seus integrantes”. A PMDF abrirá procedimento apuratório para o caso.
30 homicídios
Os investigadores acreditam que a organização seja responsável por ao menos 30 homicídios, todos cometidos com requinte de crueldade. Grande parte das mortes pode ter ocorrido durante disputa de território com outras facções. O Comboio do Cão atua principalmente no Riacho Fundo e no Recanto das Emas.
A operação apreendeu 20 armas, inclusive pistolas com seletor de rajada e carregador estendido, que são marcas características da facção para homicídios e execuções de grupos rivais. Foram apreendidos R$ 20 mil em espécie, grande parte em notas pequenas – que caracterizam tráfico –, mais de 1 kg de cocaína e 10 mil munições.
As diligências apontam ainda que a facção nascida no DF começava a avançar para o Entorno do DF e outras unidades da Federação. E buscava parcerias com grupos criminosos internacionais, a exemplo de facções do Paraguai. A Cáfila contou com apoio da Divisão de Operações Aéreas da PCDF, do Departamento de Operações Especiais (DOE), da Polícia Militar de Goiás (PMGO) e a da Polícia Civil de Goiás (PCGO).