metropoles.com

PM do DF é 1º brasileiro a se tornar instrutor de método avançado em resgate de soterrados

O Método Arcón, ensinado no Equador, é o mais eficaz da história em resgates que envolvem a localização de vítimas em soterramento com cães

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/PMDF
WhatsApp Image 2023-02-24 at 20.32.53 (2)
1 de 1 WhatsApp Image 2023-02-24 at 20.32.53 (2) - Foto: Divulgação/PMDF

O subtenente Ademar Barros, 47 anos, conquistou o cobiçado certificado de instrutor do Método Arcón, no Equador, em fevereiro deste ano. O policial militar do DF é o primeiro brasileiro a se tornar instrutor de método avançado de resgate de vítimas soterradas, detecção de pessoas vivas soterradas, restos humanos e explosivos com o uso de cães.

A metodologia, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), é a mais eficaz da história em resgates que envolvem a localização de vítimas em soterramento.

O Método Arcón foi desenvolvido pelo bombeiro espanhol Jaime Parejo, em 1994. Ele batizou a metodologia com o nome do cão que foi companheiro de resgates e aluno pioneiro. O Arcón é utilizado por bombeiros, policiais, defesas civis e exércitos de vários países do mundo.

Ademar começou a estudar a metodologia equatoriana em 2010. Desde então, já está no seu terceiro curso de formação como instrutor. “O meu primeiro [curso] foi na Colômbia. Na época, um dos cães que treinamos foi responsável por localizar uma pessoa viva que ficou soterrada em um deslizamento de terra no país. O sucesso do resgate não tem preço, é a maior motivação”, conta.

O PM é adestrador desde 1998. Em 25 anos de serviço no Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães), já formou mais de 100 adestradores e caninos das polícias militares do Brasil, bombeiros, Forças Armadas e Polícia Rodoviária Federal na detecção de explosivos e entorpecentes.

“Nunca parei de estudar, nem de treinar cão. Sempre foi o meu maior desejo dentro da corporação. É uma gratidão enorme ver os frutos desse trabalho”, celebra Ademar.

No início de fevereiro, o instrutor iniciou o curso do Método Arcón, no Equador, com uma turma de 51 alunos de seis países diferentes. A formação tem duração de 30 dias, mas ele obteve o título na metade do tempo.

“É um curso bastante concorrido e muito difícil, mas com grande troca de experiência. A gente vive condições de desgastes em áreas colapsadas e de risco para treinar os cães. Nesse sentido, o Equador é o cenário ideal para esse tipo de treinamento, pois possui regiões com risco de deslizamento, locais com escombros de terremoto, vulcões e montanhas com neve”, explica o instrutor.

7 imagens
O curso é ministrado em Tabacundo, no Equador
Ademar tornou-se instrutor da metodologia em fevereiro deste ano
O animal é capaz de localizar vítimas debaixo de seis metros de escombros.
Jaime Parejo, desenvolvedor do método, e o subtenente Ademar Barros
O curso de formação tem duração de 30 dias
1 de 7

O Método Arcón é um sistema de detecção de pessoas vivas soterradas, restos humanos e explosivos com o uso de cães

Divulgação/PMDF
2 de 7

O curso é ministrado em Tabacundo, no Equador

Divulgação/PMDF
3 de 7

Ademar tornou-se instrutor da metodologia em fevereiro deste ano

Divulgação/PMDF
4 de 7

O animal é capaz de localizar vítimas debaixo de seis metros de escombros.

Divulgação/PMDF
5 de 7

Jaime Parejo, desenvolvedor do método, e o subtenente Ademar Barros

Divulgação/PMDF
6 de 7

O curso de formação tem duração de 30 dias

Divulgação/PMDF
7 de 7

O Método Arcón otimiza os níveis de motivação, concentração e autonomia dos cães em operações de buscas

Arquivo Pessoal

Veja como funciona o treinamento: 

 

 

Conforme explica Ademar, o diferencial do Método Arcón é que o cão trabalha a autonomia e explora ao máximo sua capacidade olfativa e psíquica. “Faz com que o cão trabalhe motivado e desenvola sua propiria estratégia de busca. Nós eliminamos a expectativa de apoio, com o intuito de gerar expectativa de recompensa futura pela busca”, detalha.

Por meio da metodologia, os instrutores conseguem maximizar a capacidade olfativa do cão e extrair muito mais habilidades dele. O mínimo odor exalado pela vítima é suficiente para o cão localizá-la, mas isso requer concentração do animal.

O animal homolado no método é capaz de localizar vítimas debaixo de seis metros de escombros. Os cães habilitados, por exemplo, foram os únicos a localizar pessoas vivas nos escombros do terremoto que devastou a Turquia e a Síria no começo de fevereiro. As outras vítimas foram localizadas com a ajuda de aparelhos e de socorristas profissionais ou voluntários.

Agora, com a formação de instrutor, o subtenente espera levar todo o conhecimento adquirido no curso para  preparar cães com mais eficiência em resgates e localização de explosivos e drogas.

“A emoção depois que você ajudou a formar um cão e ele consegue resgatar uma pessoa viva, pra mim, não tem preço. Essa emoção eu carrego pra toda vida, pois é o que me motiva a seguir como instrutor do Método Arcón”, ressalta o PM.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?