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PM desabafa após plano de saúde negar atendimento ao filho

O militar usou o WhatsApp para reclamar depois que levou o menino para ser atendido na emergência do Hospital Santa Helena. Foi informado de que só poderia fazer uma consulta por mês. Corporação nega restrição

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
Polícia Militar
1 de 1 Polícia Militar - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Os problemas dos serviços oferecidos pelo plano de saúde dos policiais militares do DF ganhou um novo capítulo, denunciando a gravidade a que os servidores e seus dependentes estão expostos. No início do mês, a corporação decidiu suspender uma série de serviços, como consultas médicas. Agora, a situação se agravou, a ponto de crianças terem atendimento negado na emergência de hospitais.  A explicação que recebeu era que o segurado só poderia fazer uma consulta mensal.

Indignado com a situação, um PM desabafou pelo WhatsApp após levar o filho para ser atendido na emergência do Hospital Santa Helena, na Asa Norte. Ele não conseguiu que o menino fosse examinado.

O militar fotografou a guia de atendimento entregue pelo hospital. O documento destaca que o paciente “ultrapassou o prazo intervalar”.

Revoltado, o policial não poupou críticas. “Motivo: já ter sido atendido este mês na emergência. Pasmem. Agora só pode um atendimento a cada 30 dias. Olha o documento que me deram lá. Cada uma faz sua escolha. Agora, o filho só pode adoecer de 30 em 30 dias. Qualquer coisa diferente, tem que ir para o Hospital de Base”, disse.

Divulgação

 

PM nega restrição
O chefe do Centro de Comunicação Social da PMDF, tenente-coronel Antônio Carlos, nega que haja restrição. Segundo o oficial, a determinação é que os casos de emergência envolvendo militares e seus familiares sejam atendidos quantas vezes for necessário.

Os exames e os atendimentos emergenciais não foram suspensos. Um caso semelhante ocorreu há algum tempo e, após a nossa apuração, foi constatado que o paciente foi atendido em uma primeira oportunidade e voltou ao hospital em menos de 15 dias. Com isso, o plano não autorizou uma nova consulta, já que estava dentro do prazo de retorno.

Tenente-coronel Antônio Carlos, chefe do Centro de Comunicação Social da PMDF

O oficial ressaltou que o caso envolvendo o desabafo do suposto militar se torna complicado de apurar sem o nome do titular do plano nem do familiar que deveria ter sido atendido. A data e a hora do atendimento também não estão visíveis na guia de atendimento. O PM que fez o desabafo teme sofrer represálias caso seja identificado.

Até o fechamento desta matéria, o Hospital Santa Helena não se manifestou sobre o assunto.

 

Terceirização
A Polícia Militar do DF aposta na melhoria do atendimento aos servidores na área de saúde com a terceirização do Centro Clínico Médico da PMDF (CMed). Está em andamento o processo de contratação de uma Organização Social de Saúde (OS). Será a segunda unidade a contar com a gestão de uma entidade sem fins lucrativos no Distrito Federal. Atualmente, o Hospital da Criança é a única unidade da rede pública local a adotar esse modelo.

A organização que assumir o centro médico atenderá  policiais militares ativos e inativos, pensionistas e dependentes legais. O recurso para desenvolver as atividades descritas no Projeto Básico está estimado em R$ 216.535.023. O repasse será feito em 36 parcelas.

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