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PM acusado de matar médico em bar da Asa Sul vira réu na Justiça

Denúncia oferecida pelo Ministério Público foi aceita e André Barrozo Fernandes da Silva responderá ao processo

atualizado

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Homem de barba com jaleco branco
1 de 1 Homem de barba com jaleco branco - Foto: Reprodução

O policial militar André Barrozo Fernandes da Silva se tornou réu no processo que apura a morte do médico Luiz Augusto Rodrigues, de 45 anos, na saída de um bar na Asa Sul em novembro de 2019. O militar é acusado de ser o autor dos disparos que vitimaram o profissional de saúde (foto em destaque), durante abordagem na 314 Sul.

A denúncia foi aceita pelo juiz que analisa o caso no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) na última semana. O Ministério Público (MPDFT) entende o caso como homicídio doloso.

Durante a defesa, o acusado chegou a pedir para que o processo só tivesse continuidade quando houvesse resposta na esfera militar, mas o magistrado rejeitou a demanda. “O pleito não deve proceder, uma vez que a conclusão de procedimento investigativo policial não é necessário para o oferecimento da denúncia”, destacou.

Procurada, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) disse que “não foi comunicada pela Justiça. A corporação aguarda a comunicação oficial para que sejam adotadas as medidas cabíveis”. Não foi possível entrar em contato com a defesa de André Barrozo.

Relembre o caso

As investigações realizadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foram concluídas no fim de junho. Segundo a 1ª Delegacia de Polícia, responsável pela apuração do homicídio, o militar teria praticado o crime com dolo eventual, ou seja, ele, ao disparar durante a abordagem, assumiu o risco de produzir o resultado.

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Local onde o médico foi morto
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O médico Luiz Augusto Rodrigues morreu baleado

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Local onde o médico foi morto

Nathália Cardim/Metrópoles
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Bar onde ocorreu o caso

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O entendimento foi que a intenção do militar era atingir um amigo da vítima, que é sargento reformado e teria sacado uma arma para os PMs. Mesmo assim, a postura do acusado foi considerada imprudente.

“O policial, quando efetua um disparo de arma de fogo, não pode fazer da mesma forma que um criminoso comum. Quando um policial militar utiliza esse armamento, ele deve ter consciência de que o disparo pode ser bem-sucedido e ser utilizado da forma adequada em locais adequados”, observou, à época, o delegado responsável pelo caso, Marcelo Portela.

O tiro que atingiu Luiz Augusto veio de uma carabina, da Imbel, calibre 5.56. Segundo os socorristas, o homem foi atingido na cabeça. De acordo com testemunhas, antes de morrer, Luiz Augusto Rodrigues assistia ao jogo do Flamengo contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro de 2019. Estava no Bar e Restaurante Cabana.

Na época, a Polícia Militar afirmou que o tiro foi dado “diante do risco iminente” e que “os policiais não tiveram alternativa e efetuaram dois disparos, que atingiram um dos homens”.

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