“Playboy do haxixe” era considerado o maior traficante de Águas Claras
Traficante de 26 anos usava quarto de hotel na região como depósito de entorpecentes, para revendê-los a clientes de alto poder aquisitivo
atualizado
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Há cerca de um mês e meio, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) monitorava o “playboy do haxixe“, o principal alvo da Operação Hassan Sabbah, deflagrada nesta sexta-feira (27/10). O investigado, de 26 anos, usava um quarto de luxo em um hotel de Águas Claras como depósito para distribuir droga e abastecer usuários de altíssimo poder aquisitivo.
Durante a operação, outros dois suspeitos foram presos, considerados parceiros de tráfico do principal alvo da polícia. A força-tarefa ocorreu em Águas Claras, Ceilândia e Samambaia. As equipes cumpriram ainda seis mandados de busca e apreensão.
Delegado-chefe da 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul), Luiz Alexandre Gratão afirma que o “playboy do haxixe” era considerado, atualmente, o maior fornecedor de drogas na região.
O investigado traficava maconha, cocaína do tipo “escama de peixe” – que chega a ter 97% de pureza –, além de ecstasy. As vendas ocorriam por meio de delivery.
“Ele se destacou pelo volume de drogas que comercializava mensalmente em Águas Claras. E tinha o hotel como uma base, um depósito onde deixava os entorpecentes, recebia e saía para fazer as vendas. Na região de Águas Claras, hoje, ele é o maior fornecedor”, ressaltou o delegado.
As apurações policiais revelaram que o traficante atuava na região há ao menos um ano. Dentro do quarto do hotel do “playboy”, os investigadores apreenderam R$ 90 mil em espécie, R$ 100 mil em ecstasy, R$ 38 mil em cocaína e R$ 120 mil em haxixe marroquino, além de um revólver calibre .38.
Os criminosos também chamaram a atenção pelos valores estabelecidos para as drogas vendidas. “Eram caras. Uma porção de cocaína saía a R$ 250; cada comprimido de ecstasy, em torno de R$ 40 ou R$ 50; e 1 g de haxixe, por R$ 30”, detalhou o delegado. Os alvos da operação foram presos em flagrante por tráfico de entorpecentes, bem como porte de arma e de munição.
Hassan Sabbah
O nome da operação faz referência a Hassan-i Sabbah, líder de uma seita islâmica que, segundo uma história conhecida no Oriente Médio, drogava os seguidores com haxixe, um extrato da planta cannabis.