PF reprime esquema de corrupção e tráfico de influência no Dnit
São cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Daia, na manhã desta terça-feira (24/8), com o objetivo de aprofundar as investigações referentes à atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos no âmbito do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Os policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores nas contas dos investigados, além do afastamento de servidores públicos de suas funções.
As diligências apontam que, desde que venceu a licitação promovida pela Receita Federal para exploração do Porto Seco de Anápolis, em Goiás, a empresa passou a enfrentar problemas na fase de habilitação em relação ao terreno apresentado por ela para a construção do Porto Seco de Anápolis. Para superar essas dificuldades, a empresa contratou lobistas para viabilizar a aquisição de um terreno do Dnit situado no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) por um preço bem abaixo do valor de mercado.
Ainda segundo a apuração, os lobistas utilizaram-se do pagamento de propina para arregimentar servidores públicos do Dnit, que passaram a cuidar dos interesses da empresa junto à autarquia. A avaliação do terreno foi realizada pelo departamento por R$ 11 milhões, bem abaixo do valor de mercado – de R$ 44 milhões –, conforme perícia realizada pela Polícia Federal.
A investigação contou com a colaboração da Subsecretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura. Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa.