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Pesquisadores voltam à Estrutural após projeto ser suspenso por informação falsa

A equipe de pesquisa Zarics fez reuniões com a comunidade. Equipe acredita que mal-entendido foi desfeito

atualizado

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1 de 1 pesquisadoras - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O grupo de pesquisa Zarics, da Universidade de Brasília (UnB), vai voltar à Estrutural a partir deste sábado (12/6) para continuar o projeto suspenso no fim de maio. Os estudiosos foram alvo de desinformação na internet, que afirmavam falsamente que eles eram estelionatários. Na ocasião, os estudiosos ficaram receosos de sofrer represálias e suspenderam a pesquisa. Um dos membros da equipe pediu para sair.

No tempo em que o projeto de pesquisa ficou suspenso, os coordenadores do estudo se reuniram com líderes da comunidade da Estrutural, com representantes do Governo de Brasília (GDF) e com uma rádio comunitária da região.

“Acreditamos que agora as pessoas estão sabendo, conversamos com a Administração do SCIA e Estrutural. Muitas pessoas ficaram até animadas”, informa a coordenadora do grupo de pesquisadores, a doutora Ana Passarella.

Ainda segundo Passarella, havia muita dúvida sobre como foi feito o sorteio das casas. Depois da rodada de conversas, a Administração do SCIA e Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF) soltaram notas de apoio e esclarecimento ao estudo feito pelo Zarics.

Veja a pesquisadora explicando o sorteio em uma rádio comunitária:

“Na manhã desta quarta-feira (9), os pesquisadores do grupo de pesquisa ZARICS […] foram ao gabinete da Secretaria de Estado de Atendimento à Comunidade do Distrito Federal para explicar ao secretário da pasta, Severino Cajazeiras, como o projeto funciona e como a comunidade pode participar da atividade caso sua casa seja sorteada para coleta de informações”, diz nota da Secretaria de Atendimento à Comunidade (Seac).

“Nos últimos dias, a imprensa local revelou que pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) têm encontrado dificuldade com a desinformação para realizar levantamento sobre o impacto de doenças tropicais e da covid-19 nas cidades Estrutural e Santa Luzia. […] A situação foi registrada pelo Metrópoles que revelou que os pesquisadores foram confundidos com golpistas pela comunidade”, afirmou a FAP-DF.

“Estou com uma impressão muito boa, acho que agora temos apoio dos líderes comunitários e acredito que tudo vai fluir bem”, concluiu a doutora. Os pesquisadores ficarão atuarão na Estrutural até conseguirem coletar sangue de 1.100 pessoas.

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Um dos objetivos do Zarics é  descobrir a proporção de pessoas que já foram infectadas com o coronavírus
Pesquisadores voltam com estudo após sofrerem com desinformação
Equipe de campo pede acolhimento da sociedade
Pesquisadores fizeram reunião na Administração do SCIA e Estrutural com líderes comunitários
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Reunião de coordenadoras e estudantes do grupo de pesquisa Zarics

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Um dos objetivos do Zarics é descobrir a proporção de pessoas que já foram infectadas com o coronavírus

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Pesquisadores voltam com estudo após sofrerem com desinformação

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Equipe de campo pede acolhimento da sociedade

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Pesquisadores fizeram reunião na Administração do SCIA e Estrutural com líderes comunitários

Reprodução/Redes Sociais
Desinformação

No final de maio, pesquisadores da UnB que faziam um estudo sobre infecções causadas pelo novo coronavírus foram confundidos com estelionatários por moradores da Cidade Estrutural e tiveram de suspender suas atividades.

Como revelou o Metrópoles, moradores publicaram, erroneamente, um alerta em grupos de WhatsApp e Facebook afirmando que eles eram golpistas disfarçados. O estudo foi suspenso quatro dias depois de começar, em 30 de maio.

A pesquisa, coordenada pelo professor Wildo Navegantes e feita pelo grupo Zarics, busca descobrir a proporção entre pessoas que já foram infectadas com o vírus da Covid-19 e a cobertura vacinal da tríplice viral no DF. Na Estrutural, o objetivo é coletar 1.100 amostras, em casas escolhidas aleatoriamente.

Para verificar os anticorpos, é preciso retirar 10 ml de sangue de cada participante, em dois tubos de 5 ml cada. Os dados de cada participante são mantidos em sigilo. Segundo os pesquisadores, a população não precisa ter medo, pois o sangue é retirado para análise e não se inocula nenhuma substância no organismo do participante.

As três pessoas que compõem a equipe que vai a campo são o motorista da UnB, a profissional responsável pelo questionário e o profissional que faz a coleta do sangue. Caso algum morador tenha dúvida sobre os procedimentos, é possível acionar a equipe pelos telefones 3107-0051 ou 99444-6569.

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