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Pesquisadores da UnB consideram retomada da Covid-19 no país uma realidade

Estudo divulgado nesta segunda-feira (23/11) aponta evolução dos casos por “falsa sensação de segurança” e “afrouxamento do isolamento”

atualizado

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Paciente em maca e profissionais de saúde
1 de 1 Paciente em maca e profissionais de saúde - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e de outras instituições brasileiras consideram a retomada da infecção por Covid-19 e a evolução de casos  da doença uma realidade no Brasil. Um estudo divulgado nesta segunda-feira (23/11) pede medidas urgentes de controle “para evitar consequências graves”.

No estudo, intitulado Situação da Pandemia de Covid-19 no Brasil, o Distrito Federal é apontado como a Unidade da Federação onde maior percentual da população já teve contato com o vírus. “Os 23% verificados, de acordo com a população, é cerca um terço da imunidade de rebanho esperada para o SARS-CoV-2”, diz o documento.

Para os pesquisadores da UnB, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), e da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), os números voltaram a subir com forte incremento nas últimas duas semanas.

Segundo o estudo, no Brasil, a pandemia passou por um pico nos meses de julho a setembro e posteriormente apresentou queda no número de casos novos por semana.

No entanto, o número de reprodução, calculado a partir dos dados oficiais de casos, voltou a crescer em todos os estados. “A situação no Brasil se deteriorou fortemente nas últimas duas semanas, e o início de uma segunda onda de crescimento de casos já é evidente em quase todos os estados, de forma particularmente preocupante nas regiões mais populosas do país”, dizem os pesquisadores no documento.

Falsa sensação de segurança

Para os pesquisadores, a situação decorre, de uma sistemática queda dos níveis de isolamento social. Além disso, a falta de campanhas de esclarecimento e a falsa sensação de segurança disseminada na população são consideradas pelos especialistas como fatores que colaboram para a segunda onda.

“O quadro é particularmente preocupante pois espera-se dificuldades em adotar medidas mais duras de mitigação da pandemia, como o fechamento de atividades não essenciais, única arma efetiva até uma vacinação em massa da população do país, o que ainda levará boa parte do próximo ano para ocorrer”, ressaltam.

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A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) destinados a pacientes com o vírus encontra-se na casa do 60%
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A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) destinados a pacientes com o vírus encontra-se na casa do 60%

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Medidas de controle

Para que a situação não se agrave mais, os estudiosos fazem um apelo em duas considerações:

“É clara a retomada da Covid-19 no Brasil. Torne-se urgente a tomada de medidas de controle ainda nessa fase inicial, para assim evitar consequências graves como a saturação do sistema de saúde e um ainda maior número de mortes por falta de atendimento adequado”.

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