O pedido foi protocolado na última sexta-feira (18/3), na Vara Cível de Planaltina, cidade em que as agressões ocorreram.
“À priori nosso pedido é para que sejam derrubados os perfis fakes. Inclusive, neste fim de semana, saiu uma notícia sobre um perfil em nome do Eduardo e que pedia uma vaquinha online, mas não é de verdade”, disse a advogada ao Metrópoles.
Ela ainda destacou que todos os perfis em nome de Sandra Mara, a mulher de Eduardo, são falsos. Como o processo contém detalhes do estado de saúde da mulher, ele segue em sigilo. Sandra segue reclusa e longe da repercussão do caso.
Em 14 de março de 2022, um vídeo divulgado pela coluna Na Mira, do Metrópoles, viralizou nas redes sociais. O motivo? Segundo imagens e relatos policiais, um morador de rua foi agredido por um personal trainer após ter sido flagrado tendo relações sexuais com a esposa do profissional, dentro de um carro
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O caso aconteceu na madrugada do dia 10 de março. Na ocasião, Eduardo Alves, de 31 anos, perambulava pelas ruas de Planaltina, região administrativa do Distrito Federal, procurando a esposa, que havia saído horas antes para ajudar pessoas em situação de rua, em uma ação da igreja evangélica que frequentava
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Com o tempo, sem ter notícias da mulher, Alves iniciou a busca e acabou encontrado a mulher tendo relações sexuais com outro homem
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Ao flagrar a situação, o personal começou a agredir o homem. Em depoimento à polícia, Alves informou que agrediu o estranho pois achava que a esposa estava sendo estuprada
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A mulher informou às autoridades que a relação foi consensual. O marido, no entanto, disse que ela estava tendo um “surto psicótico” e, por isso, não teria capacidade de consentir com o ato
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Em áudios obtidos pela reportagem, a mulher disse que, em um primeiro momento, o morador de rua solicitou doações e, em seguida, pediu para ser curado. “Me deu vontade de dar um abraço nele”, disse ela. Em seguida, o homem teria pedido para fazer carinho nos pés dela. “Eu senti uma coisa tão boa”, afirmou
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Ao longo do relato, a mulher explicou que começou a ter visões de que estaria na presença de Deus. Já em outros momentos, disse que o morador de rua seria Eduardo, marido dela. “Às vezes, eu o enxergava como Deus, às vezes como Eduardo”, relatou
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Segundo a mulher, ela e o morador de rua começaram a trocar carinhos em via pública. O resultado, como relatado no áudio, foi um beijo entre os dois, na frente da sogra da moça, situação que deixou a mãe do personal em choque. “É o meu propósito, deixa eu receber o meu propósito”, disse a mulher para a sogra
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Depois do beijo, o morador de rua entrou no carro da mulher, em busca de um local mais reservado. “Fui procurando pela rodoviária um lugar escuro e vazio pra gente ficar junto. Eu senti a necessidade de deixar ele entrar no meu carro”, declarou a mulher na gravação
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No vídeo, é possível ver quando Alves se aproxima do carro e flagra a traição. Ele bate no vidro com violência, ataca o homem dentro do automóvel, retira-o do veículo e depois o agride do lado de fora
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Assim como a mulher, o morador de rua foi levado ao hospital. Ele apresentava machucados no rosto e estava com os dois olhos roxos, mas passa bem. Eduardo prestou depoimento e foi liberado. No entanto, poderá responder por lesão corporal
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Segundo o homem agredido, por volta das 21h30 do dia 10 de março, um carro parou nas proximidades da escola paroquial, em Planaltina, e, dentro do veículo, estaria a companheira do personal trainer. Ainda de acordo com o homem, foi a mulher quem o chamou e pediu para que se aproximasse
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Logo em seguida, ela teria olhado para ele e dito: “Vamos brincar?”. Após ter sido convencido a entrar no veículo, ele foi beijado pela mulher. Ainda segundo o homem, enquanto estava nu e tendo relações com a motorista no interior do carro, um “homem bravo invadiu o veículo” e iniciaram-se as agressões
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O homem declarou que não conhecia a mulher e que não a estuprou
Na semana passada, a história do casal com o sem-teto se tornou um dos assuntos mais comentados do Brasil no Twitter. No Instagram, centenas de perfis falsos com os nomes dos envolvidos foram criados, a maioria tratando a delicada situação em tom jocoso.
A prática de criar perfil contendo informações pessoais de terceiros sem autorização pode ser considerada crime de falsidade ideológica, de acordo com o artigo 309 do Código Penal Brasileiro (CBP). A pena é de prisão por até 1 ano.
Relembre o caso
Na madrugada de quinta-feira (10/3), o personal trainer procurava a esposa pelas ruas de Planaltina. Segundo o homem, a esposa havia saído horas antes para ajudar pessoas em situação de rua, em uma ação da igreja evangélica que frequentava.
Por meio de nota oficial, Eduardo Alves afirmou que o agrediu pois achava que a esposa estava sendo estuprada. A mulher teria afirmado à um amigo e à polícia que a relação foi consensual, mas Eduardo disse que ela estaria tendo um “surto psicótico” e, por isso, não teria capacidade de consentir uma relação sexual.