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Peritos acham tronco de homem esquartejado no DF

Família suspeita que vítima seja segurança desaparecido. Moradores e comerciantes queixam de insegurança na QR 327 de Samambaia

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1 de 1 Corpo-encontrado-em-Samambaia - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O corpo de um homem foi encontrado esquartejado em um bueiro da QR 327, em Samambaia Sul, na tarde dessa segunda-feira (11/11/2019). A vítima estava em uma área próximo ao terminal de ônibus da cidade. Na manhã desta terça (12/11/2019), peritos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) acharam o tronco dentro de sacos plásticos de lixo. As coxas não foram localizadas.

De acordo com informações da PCDF, foram encontrados na segunda-feira (11/11/2019) a cabeça, os braços e as pernas. Familiares de um homem que está desaparecido compareceram à Polícia Civil  suspeitando que o corpo seja do morador de Samambaia Sul, devido a um sinal no antebraço do cadáver. O caso é investigado pela 32ª DP (Samambaia Sul).

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Agentes da 32ª DP fazem a perícia no local
Roupas do vigilante também foram recolhidas para ajudar na investigação
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Bueiro na QR 327 de Samambaia, onde partes do corpo de Marcos Aurélio foram achadas

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Agentes da 32ª DP fazem a perícia no local

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Roupas do vigilante também foram recolhidas para ajudar na investigação

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As roupas da vítima foram localizadas e apreendidas para exame pericial. O cadáver encontrado no bueiro é de um homem negro, segundo a PCDF.

Ao Metrópoles, a irmã do desaparecido disse que o corpo foi encontrado a cinco quadras do local onde o homem mora. A família informou que o segurança desapareceu no sábado (09/11/2019), quando voltava do trabalho, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), e seguia rumo à Rodoviária do Plano Piloto. No terminal, pegaria um ônibus de volta para casa.

O homem tem filho e uma noiva. “Estamos aguardando a perícia para saber se é ele ou não”, disse a mulher. A família registrou ocorrência de desaparecimento do segurança no domingo (10/11/2019).

“Ele mandou mensagem para a mãe pela última vez às 8h30 de sábado [09/11/2019], informando que estava indo do SIG para a Rodoviária do Plano Piloto. Depois disso, não apareceu em casa nem manteve mais nenhum tipo de contato”, destacou a irmã.

De acordo com a noiva, os pés e as mãos são parecidos com os do segurança. “Além disso, tem uma cicatriz no antebraço direito idêntica a dele”, lamentou. Segundo ela, o homem não tinha inimigos nem qualquer tipo de desavenças.

Crueldade choca
O caso chocou a quadra. Um despachante da rodoviária, que não quis se identificar, disse que nunca tinha ocorrido caso semelhante na região. “O terminal é tranquilo e não há registros de crimes com frequência. Vemos com surpresa essa situação, porque não é de acontecer. Aqui têm guerras de gangues”, afirmou.

O cobrador Félix Eduardo disse que todos os dias a suposta vítima pegava a linha na qual ele trabalha, de Samambaia até a Samdu, em Taguatinga. “Na sexta [um dia antes de o homem desaparecer], ele pegou o coletivo na mesma parada, mas no sentido contrário. Eu perguntei e ele disse: ‘Estou indo ver a gata'”, destacou.

De acordo com Félix, a região é considerada perigosa. “Aqui era um lixão, uma pequena favela. Tinha tráfico, assassinato direto. Melhorou, mas ainda é perigoso. Recentemente, um cobrador da Marechal foi espancado aqui”, afirmou. O local onde o corpo foi encontrado é um terreno grande, com pontos de depósito de lixo. Os pedaços da vítima foram achados por crianças que passavam pela região.

Perícia no local

O cadáver, segundo apurou o Metrópoles, foi deixado no bueiro de cerca de 3 metros de profundidade há poucos dias. Após a coleta de digitais e exame de DNA, o Instituto Médico Legal (IML) deve divulgar o resultado que vai apontar a identidade da vítima.

Rosemberg Silva, 51 anos, mora em uma chácara perto do terminal. Para ele, a região é segura. “Moro há dois anos e meio aqui. Todo dia faço o trajeto do terminal até a minha casa e nunca foi perigoso. Meu filho também anda por essa região às 23h e nunca aconteceu nada com ele. É o primeiro caso que vejo falar de violência, mas acho que nem aconteceu aqui, devem ter cometido o crime em outra região e só desovado o corpo aqui”, destacou.

O comerciante Abimael Victor, 41, diz que a região merece atenção das autoridades da área de segurança. “É muito isolado e com pouca iluminação. Fiquei muito surpreso com essa história do corpo, porque nunca tinha visto nada com essa crueldade toda”, assinalou.

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