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Papiloscopista policial preso pela PCDF vendia dados sigilosos de delegados

As conexões suspeitas de Edward Higino haviam sido alvo de relatório entregue à Corregedoria da corporação em janeiro

atualizado

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Prisão de suspeito na Operação Tellus
1 de 1 Prisão de suspeito na Operação Tellus - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Preso preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no âmbito da Operação Tellus, nessa quarta-feira (23/9), um papiloscopista da corporação é acusado de acessar os sistemas do Instituto de Identificação (II) e vender dados sigilosos de delegados e advogados para integrantes de organizações criminosas. As conexões suspeitas de Edward Higino haviam sido alvo de relatório entregue à Corregedoria-Geral da PCDF em janeiro.

O papiloscopista integrava o bando que aplicava golpes a partir da venda de lotes aparentemente abandonados ou, ainda, que pertenciam a espólios, sem a concordância de todos os herdeiros. Os investigadores apuram se Higino ainda coletou dados de autoridades do Judiciário, como magistrados; e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), principalmente envolvendo promotores de Justiça.

A participação de Higino no esquema era considerada estratégica na estrutura montada pela quadrilha. Os dados armazenados nos sistemas do II são sensíveis e dão acesso, inclusive, a informações de todos os integrantes das forças de segurança da capital do país.

Operação Tellus

A ação deflagrada pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) identificou que o bando usou uma loja falsa de tintas para lavar o dinheiro obtido ilicitamente com venda clandestina de lotes. O suposto estabelecimento tem como endereço Valparaíso de Goiás. Policiais fizeram buscas no local e encontraram apenas um imóvel em construção.

Os investigadores cumpriram 20 mandados judiciais. De acordo com o delegado-chefe da 13ªDP, Hudson Maldonado, os suspeitos chegaram a oferecer lotes para quatro ou cinco pessoas. “Vamos verificar se há mais vitimas ao analisar os HDs apreendidos.  Eles tinham uma empresa de fachada, mas, no local, não funcionava nada. A loja movimentava cerca de R$ 50 mil por mês. Era uma forma de lavar o dinheiro ilícito”, explicou o policial.

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Segundo suspeitos, esta seria uma loja de tintas que lucraria R$ 50 mil mensais
Os suspeitos são levados para a 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho)
Entre os acusados, há um papiloscopista policial
A Operação Tellus cumpriu 10 mandados de prisão
Foram quatro meses de investigação
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Local investigado pela PCDF na Operação Tellus

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Segundo suspeitos, esta seria uma loja de tintas que lucraria R$ 50 mil mensais

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Os suspeitos são levados para a 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho)

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Entre os acusados, há um papiloscopista policial

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A Operação Tellus cumpriu 10 mandados de prisão

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Foram quatro meses de investigação

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A quadrilha aplicava golpes a partir da venda de lotes abandonados ou que pertenciam a espólios

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Foram quatro meses de investigação

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“Não apreendemos dinheiro, valores, durante as abordagens. Percebemos que as transações financeiras eram feitas de forma bancária. Falsificaram, inclusive, extratos de instituições financeiras”, acrescentou o delegado.

Os alvos estavam em Sobradinho, no Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, em Taguatinga, além de cidades do Entorno, como Águas Lindas, Valparaíso e Santo Antônio do Descoberto.

Investigação

Após quatro meses de investigação, os policiais descobriram que os suspeitos, contando com o apoio do papiloscopista policial alvo da operação, captavam dados de indivíduos mortos e falsificavam documentos.

Os falecidos figuravam como proprietários e os demais membros da organização criminosa, como adquirentes do bem, formando uma cadeia de procurações, que dava, supostamente, um ar de licitude ao negócio.

Apurou-se, também, que um braço do grupo era responsável pela venda de armas de fogo, as quais advinham de agiotas e, até mesmo, de outros países. Além disso, outra parte estava envolvida com tráfico de drogas no DF.

Os acusados, presos preventivamente, foram indiciados por organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, violação de sigilo funcional, exploração de jogos de azar, falsificação de documentos públicos, tráfico de drogas e porte de arma. A ação teve apoio do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC) e da Corregedoria da PCDF.

Integrantes da quadrilha tinham passagem por estelionato, furto, falsificação de documentos, associação criminosa e falsidade ideológica.

 

 

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