Perícia do CBMDF avaliará causas do incêndio ocorrido no Santa Lúcia Norte
Caso ocorreu na noite desse sábado (17/10) e ninguém ficou ferido
atualizado
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A perícia do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) vai investigar as causas do incêndio registrado no Hospital Santa Lúcia da Asa Norte, na noite desse sábado (17/10). Segundo a corporação, a análise inicial constatou que o fogo teve origem dentro da caixa de circuitos elétricos do ar-condicionado, localizada no último andar do prédio.
O foco foi controlado rapidamente e cerca de 170 pessoas, entre funcionários e pacientes, foram evacuados durante os trabalhos. Ainda na noite de sábado, no entanto, o retorno aos leitos foi autorizado e não houve necessidade de transporte de ninguém a outra unidade hospitalar.
Momentos de pânico
Vídeo gravado momentos após o incêndio registrado no Hospital Santa Lúcia da Asa Norte, no início da noite deste sábado (17/10), evidencia o desespero dos pacientes e familiares diante da situação.
As imagens foram gravadas pelo aposentado Marcos Pimenta, 67 anos. Ele conta que a família viveu momentos de pânico. A sogra dele, de 93 anos, precisou ser retirada do prédio após o princípio de incêndio.
“Eu moro perto e cheguei muito rápido. A tempo de ajudar minha cunhada a levar a maca para a área externa. Foi desesperador, principalmente por conta da idade dela”, explica. Assista às imagens:
Durante o princípio de incêndio no Hospital Santa Lúcia da Asa Norte, mais de 100 pacientes precisaram deixar o local. O aposentado Marcos Pimenta, de 67 anos, relatou ter vivido momentos de pânico ao buscar a sogra na noite deste sábado (17/10) na unidade de saúde pic.twitter.com/JkuEvTs1gJ
— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) October 18, 2020
Pimenta registrou em vídeo a situação da sogra e de outros pacientes que precisaram ser evacuados.
“O trabalho do Corpo de Bombeiros foi exemplar. Cinematográfico mesmo. Chegaram rápido, controlaram toda a situação. Mas o atendimento e a qualidade do hospital são péssimos”, afirmou.
Desespero
A família de Maria Celeste Ribeiro, de 89 anos, também relatou momentos de pânico durante o incidente. “Ficamos muito nervosos, porque minha mãe está entubada e não foi removida”, contou.
“Minha irmã estava com ela e nos ligou desesperada. Disse que ouviu gritos nos corredores e a ordem de deixar o prédio. Mesmo insistindo pra ficar perto da minha mãe, ela foi retirada”, disse.
Maria Celeste está em um leito de terapia intensiva (UTI) no primeiro andar da unidade hospitalar. “Assim que chegamos, soubemos que o fogo estava ocorrendo no último andar. E logo foi controlado”, completou.
Entenda
O fogo teria sido provocado, de acordo com os militares, por um curto-circuito na casa de máquinas, que fica no terraço do prédio. Por volta das 20h, o incêndio foi controlado pelos bombeiros. Não houve feridos.
O Hospital Lúcia informou, em nota, que adotou todos os protocolos de segurança e, por isso, evacuou pacientes de “alguns andares”, mas assinalou que o fogo foi controlado rapidamente e o atendimento logo restabelecido.