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Perda auditiva, dente quebrado e queimaduras: os ferimentos dos PMs no 8/1

Documento detalha ferimentos de 62 PMs, sendo três coronéis. Um deles fez postagem comemorando “transformação” com eleição de Bolsonaro

atualizado

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Matheus Veloso/Metrópoles
Imagem colorida dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro
1 de 1 Imagem colorida dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

Um relatório da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) mostra que 62 PMs foram feridos na tentativa de golpe de 8 de Janeiro. O documento detalha as lesões, que vão desde lesão no tímpano, com perda auditiva, até queimadura de 2º grau, rompimento de ligamento de tendão e dente quebrado.

Essas informações foram levantadas pela corporação e repassadas aos parlamentares que compõem a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso. Entre os feridos, estão três coronéis, que já foram ouvidos na CPI da Câmara Legislativa.

Um deles, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, foi diagnosticado com lesões no braço causadas pelo ato violento de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Curiosamente, o oficial fez uma postagem no dia da eleição do ex-presidente, em 2018, comemorando “o início de uma grande transformação” no Brasil. No vídeo compartilhado por Casimiro, também são exaltadas as imagens de manifestações contra Lula e Dilma.

Os outros dois coronéis que sofreram agressões foram Fábio Augusto Vieira, coronel que comandava a corporação em 8 de Janeiro e levou golpes de cone, que cortaram sua cabeça, e Jorge Eduardo Naime, que teve lesão nas pernas e queimadura de 2º grau nos membros inferiores. Naime era o comandante do Departamento de Operações (DOP) da PMDF.

Ele saiu de folga na semana do ataque às sedes dos Três Poderes, mas acabou indo à Esplanada e atuou contra os vândalos, quando foi ferido por um rojão. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o ex-comandante foi preso em 7 de fevereiro, junto a outros policiais militares, mas é o único oficial que ainda permanece detido.

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Hematomas de tenentes-coronéis
Capitão chegou a ter perda auditiva
Entre sargentos, traumas, lesões e mais
Ferimentos na cabeça também contra cabos
Soldados foram os mais feridos
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Coronéis, como Fábio Augusto, tiveram ferimentos

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Hematomas de tenentes-coronéis

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Capitão chegou a ter perda auditiva

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Entre sargentos, traumas, lesões e mais

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Ferimentos na cabeça também contra cabos

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Soldados foram os mais feridos

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Mulher agredida

A covardia dos manifestantes chama atenção nos laudos médicos dos ferimentos. Uma mulher cabo da PMDF foi “atingida várias vezes por golpes de barra de ferro na cabeça, nos braços e nas pernas”, como consta no relatório. Já um soldado “foi derrubado do cavalo pelos manifestantes e agredido com chutes, socos e pauladas”.

Vídeos gravados pelos próprios manifestantes na data mostram a violência contra policiais do Regimento de Polícia Montada (RPMon) da PMDF, que foram recebidos com golpes de porrete e de mastros de bandeira. Até os cavalos foram machucados.

Além disso, dois PMs tiveram “trauma acústico”, um deles com perda auditiva no ouvido esquerdo e outro com “decréscimo em frequência à esquerda”. Um soldado, atingido por uma pedra, levou seis pontos na boca e teve um dente quebrado. Outro foi para o hospital com uma luxação no tornozelo esquerdo. Também consta no documento um relato de corte profundo na perna direita.

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