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Perante juíza, sequestradora do Conic chora e se diz arrependida

Cevilha foi ouvida durante audiência de instrução e julgamento nesta sexta-feira (22/9). Magistrada a manteve presa

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De chinelos, camiseta branca e bermuda laranja, Cevilha Moreira dos Santos, 44 anos, foi ouvida em audiência de instrução e julgamento nesta sexta-feira (22/9). Em seu depoimento, chorou bastante e se mostrou arrependida de ter sequestrado a pequena Valentina, no dia 29 de junho, no Conic. “Fiz uma mãe sofrer. Se pudesse voltar no tempo, jamais faria o que fiz. Hoje me arrependo”, disse.

Cevilha contou que engravidou em 2016 e teria perdido a criança de quatro meses. Admitiu ter simulado uma gravidez e usado barriga falsa. Mas negou ter planejado o crime. Disse que sequestrou Valentina, na época com três meses, porque estava com depressão e teve um surto. “Na minha cabeça, ela era minha. Pensava que tinha nascido naquele momento e que tinha de levar para um hospital”, ressaltou.

A sessão ocorreu na 1ª Vara Criminal de Brasília. A defesa pediu a liberdade provisória ou prisão domiciliar de Cevilha, argumentando que ela tem os requisitos necessários, trabalha e cuida dos filhos. O Ministério Público se manifestou contra.

A juíza Simone Garcia Pena decidiu manter a prisão de Cevilha. A magistrada vai encaminhar o processo ao MP para alegações finais e, depois, para a defesa. Quando o advogado devolvê-lo, será dada a sentença, o que deve ocorrer em um mês.

Cevilha era voluntária do Hospital Regional de Sobradinho. Ela contou que ajudava mulheres grávidas ou mães de recém-nascidos. Foi assim que a acusada abordou a faxineira Arlete Bastos da Silva, 29, mãe de Valentina. Cevilha ofereceu emprego a ela e salário de R$ 1 mil. As duas foram até o centro da capital para fazer um exame admissional, necessário para a suposta vaga. Enquanto Arlete fazia o teste, Cevilha dos Santos desapareceu com o bebê.

O crime
A suspeita só foi encontrada cerca de sete horas depois, em Planaltina de Goiás, enquanto estava em um táxi com destino a Planaltina (DF). Ao ser abordada pelos policiais, a mulher tentou fugir e ameaçou matar a pequena Valentina. A criança, no entanto, foi devolvida sem ferimentos aos pais, que moram na Vila Rabelo 2, em Sobradinho.

No dia 4 de julho, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acatou o pedido da Polícia Civil do estado e converteu em preventiva a prisão da sequestradora do Conic. O inquérito foi encaminhado para a 1ª Vara Criminal do Distrito Federal no dia 27 de julho. Cevilha foi enquadrada nos artigos 148 e 297 do Código Penal, que versam sobre sequestro e cárcere privado e falsificação de documentos, respectivamente.

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