metropoles.com

Perante juíza, sequestradora do Conic chora e se diz arrependida

Cevilha foi ouvida durante audiência de instrução e julgamento nesta sexta-feira (22/9). Magistrada a manteve presa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
WhatsApp Image 2017-06-29 at 21.56.17
1 de 1 WhatsApp Image 2017-06-29 at 21.56.17 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

De chinelos, camiseta branca e bermuda laranja, Cevilha Moreira dos Santos, 44 anos, foi ouvida em audiência de instrução e julgamento nesta sexta-feira (22/9). Em seu depoimento, chorou bastante e se mostrou arrependida de ter sequestrado a pequena Valentina, no dia 29 de junho, no Conic. “Fiz uma mãe sofrer. Se pudesse voltar no tempo, jamais faria o que fiz. Hoje me arrependo”, disse.

Cevilha contou que engravidou em 2016 e teria perdido a criança de quatro meses. Admitiu ter simulado uma gravidez e usado barriga falsa. Mas negou ter planejado o crime. Disse que sequestrou Valentina, na época com três meses, porque estava com depressão e teve um surto. “Na minha cabeça, ela era minha. Pensava que tinha nascido naquele momento e que tinha de levar para um hospital”, ressaltou.

A sessão ocorreu na 1ª Vara Criminal de Brasília. A defesa pediu a liberdade provisória ou prisão domiciliar de Cevilha, argumentando que ela tem os requisitos necessários, trabalha e cuida dos filhos. O Ministério Público se manifestou contra.

A juíza Simone Garcia Pena decidiu manter a prisão de Cevilha. A magistrada vai encaminhar o processo ao MP para alegações finais e, depois, para a defesa. Quando o advogado devolvê-lo, será dada a sentença, o que deve ocorrer em um mês.

Cevilha era voluntária do Hospital Regional de Sobradinho. Ela contou que ajudava mulheres grávidas ou mães de recém-nascidos. Foi assim que a acusada abordou a faxineira Arlete Bastos da Silva, 29, mãe de Valentina. Cevilha ofereceu emprego a ela e salário de R$ 1 mil. As duas foram até o centro da capital para fazer um exame admissional, necessário para a suposta vaga. Enquanto Arlete fazia o teste, Cevilha dos Santos desapareceu com o bebê.

O crime
A suspeita só foi encontrada cerca de sete horas depois, em Planaltina de Goiás, enquanto estava em um táxi com destino a Planaltina (DF). Ao ser abordada pelos policiais, a mulher tentou fugir e ameaçou matar a pequena Valentina. A criança, no entanto, foi devolvida sem ferimentos aos pais, que moram na Vila Rabelo 2, em Sobradinho.

No dia 4 de julho, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acatou o pedido da Polícia Civil do estado e converteu em preventiva a prisão da sequestradora do Conic. O inquérito foi encaminhado para a 1ª Vara Criminal do Distrito Federal no dia 27 de julho. Cevilha foi enquadrada nos artigos 148 e 297 do Código Penal, que versam sobre sequestro e cárcere privado e falsificação de documentos, respectivamente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?