Pela 1ª vez, DF paga R$ 5 mil por informação que levou à prisão de acusado
Acusado de assassinato, Robson Felippe Leão de Souza foi detido após denúncia recebida pelo canal 197, da Polícia Civil do DF
atualizado
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Pela primeira vez desde a previsão de recompensa para quem colaborar com prisões ou elucidações de crimes, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) vai pagar R$ 5 mil pela informação que levou à detenção de um acusado de homicídio. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) conseguiu saber o paradeiro de um procurado graças a uma denúncia no canal 197.
Com isso, agentes da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) deram cumprimento a mandado de prisão preventiva, expedido pelo Tribunal do Júri de Brasília, em desfavor de Robson Felippe Leão de Souza, o Robão. A detenção do acusado de 32 anos ocorreu nessa terça-feira (1º/12), exatamente um ano após o homicídio qualificado do qual é acusado. Ele teria atirado e matado um homem num posto de combustível no Lago Norte.
Além do assassinato, Robson responderá por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Os policiais localizaram, no endereço onde ele estava, em Águas Lindas (GO), 50 g de cocaína e uma balança de precisão. A companheira dele, identificada como Maria Alice, foi autuada pelos mesmos delitos.
O pagamento de recompensa está previsto em portaria publicada no Diário Oficial do DF em outubro deste ano.
Memória
Gleilton Pereira Calasans, 43 anos, foi assassinado em um posto de gasolina da QI 2 do Lago Norte na noite de 1º de dezembro de 2019. Segundo informações da Polícia Militar do DF (PMDF) à época, dois moradores do Varjão teriam discutido na região. Um deles saiu de carro e foi seguido. Ao parar no estabelecimento, foi atingido com quatro tiros.
A vítima havia estacionado para abastecer e saiu do carro. Foi quando o criminoso a abordou e apontou a arma. Gleiton correu, mas foi atingido pelos disparos.
O crime aconteceu por volta das 18h20 e, segundo frentistas relataram ao Metrópoles, o momento foi de pânico. “Houve correria assim que os tiros foram disparados”, disse um profissional que testemunhou a morte e pediu para não ter o nome divulgado.
O corpo permaneceu no local até as 20h aguardando pela perícia. Segundo informações da PM, tanto a vítima quanto o suspeito têm passagens pela polícia.
A vítima havia saído recentemente da cadeia, após cumprir 17 anos por homicídio. A polícia recebeu denúncias de que Gleilton teria armas, mas nunca as encontrou.