Pedófilo que se passava por menina tinha perfil falso para atrair jovens homossexuais
O perfil das vítimas identificadas no DF compreende garotos entre 12 e 14 anos. O mais novo mora em Sobradinho e o mais velho, no Guará
atualizado
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As investigações sobre o pedófilo preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 21 de julho, em Teresina (PI), identificou outros perfis falsos abertos em redes sociais usados pelo criminoso sexual. Além da página na qual o homem, de 24 anos, fingia ser uma adolescente de nome Luíza Emanuelly, havia outra, supostamente mantida por um adolescente homossexual, de 14 anos.
Perícia feita no celular do suspeito, identificou que ele usava um perfil com o nome de “João Gustavo” e usava a fotografia retirada da página verdadeira de outro menino. As investigações apontaram que o criminoso usava o perfil para se relacionar com adolescentes homossexuais, mas que não faziam ideia de que, do outro lado da tela, havia um homem de 24 anos.
Policiais da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) descobriram que o criminoso tinha predileção por garotos entre 10 e 14 anos, que eram atraídos em plataformas de jogos on-line e em redes sociais como Instagram e Facebook. Ele usava, simultaneamente, tanto a página falsa na qual se passava por menina quanto a de um suposto adolescente homossexual.
Garotos do DF
A PCDF identificou que o pedófilo manteve contato com quatro adolescentes no DF. Dois deles já foram procurados pelos investigadores. O primeiro é um garoto de 12 anos, que mora em Sobradinho. O caso dele teria dado início às investigações da 13ª DP. O segundo é identificado como um adolescente de 14 anos, morador do Guará.
Outros dois menores, vítimas do criminoso, deverão ser ouvidos pela PCDF. As apurações apontaram que, após consumar os crimes e ter o material digital em mãos, o suspeito divulgava as fotos em grupos de amigos das vítimas por meio de outros perfis na mesma rede social.
“Desde março, foram identificadas pelo menos 100 crianças de todo o Brasil com as quais o autor mantinha contato”, explicou a delegada adjunta da 13ª DP, Ágatha Braga.