Pedófilo é preso 10 anos após abusar de menina em casa no Lago Sul
Rejânio de Oliveira Normanda, 49 anos, trabalhou como empregado na residência e violentava uma menina de 11 anos. Crimes ocorreram em 2011
atualizado
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Agentes da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DCPI) cumpriram mandado de prisão condenatória contra um pedófilo, em São Sebastião, na quarta-feira (19/5). Há 10 anos, o criminoso violentou uma menina de 11 anos que vivia na casa onde ele trabalhava como empregado, no Lago Sul. O caso foi investigado, em 2014, pela Delegacia Especial de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).
Segundo as apurações, Rejânio de Oliveira Normanda, 49 anos, era empregado da família e fazia serviços gerais, como levar as duas irmãs para a escola. O criminoso tinha acesso a uma área restrita da casa, onde cometia os abusos. Os pais confiavam no funcionário, que conhecia as meninas desde pequenas.
O pedófilo tocava nas partes íntimas da menina e a obrigava a fazer o mesmo. Rejânio intimidava a criança, dizendo que mataria os pais dela, caso a garota contasse sobre os abusos para alguém. A violência sexual durou alguns meses e, com medo, a menina começou a evitar o acesso à área onde o criminoso ficava.
Mudanças de comportamento
A vítima atualmente tem 20 anos. O pai dela contou ao Metrópoles que, na época, a filha passou a evitar sair de casa e a brincar com seus bichos de estimação, para escapar do perigo.
“Essa fase da pré-adolescência foi muito complicada, e ela acabou se tornando uma pessoa fechada. Passou a ter comportamentos um pouco estranhos, mas achávamos inicialmente que era a rebeldia da adolescência. Até que soubemos de outro abuso cometido pelo criminoso, que não mais trabalhava em nossa casa”, disse.
Os pais conversaram com a filha e ela confirmou os abusos. “Abrimos, então, uma queixa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que a transferiu para a DPCA, que fez um brilhante trabalho de investigação”, explicou o pai.
O criminoso foi levado para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e, posteriormente, transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, 1.517 crianças e adolescentes foram vítimas de estupro de vulnerável na capital da República, segundo dados do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Os mais de 1,5 mil casos incluem, além de outras situações, a conjunção carnal ou a prática de outro ato libidinoso com menor de 14 anos. Ceilândia foi a região administrativa com o maior número de ocorrências contra crianças e adolescentes – foram 92 casos registrados.