“Pede pra sair”: em 2 anos, 37 desistiram do curso da Patamo da PMDF
O curso da Patamo é voltado para formação de policiais militares que atuam em casos de incidência criminal repentina e de alto risco
atualizado
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Nos últimos dois anos, 37 policiais militares desistiram do curso de formação do Batalhão de Choque (Patamo) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Somando 2022 e 2023, a taxa de desistência foi de pouco mais de 34%. Este ano, o curso foi suspenso após denúncia de suposta agressão e tortura contra um soldado.
De acordo com dados repassados pela corporação via Lei de Acesso à Informação (LAI), em 2022, o curso contou com 57 participantes. Desses, 13 pediram para sair da formação.
Já no ano passado, as aulas iniciaram com 49 alunos. Vinte e quatro desistiram.
O deste ano teve início com 39 alunos. Inicialmente, o fim da formação estaria marcada para 27 de junho. Porém, em 29 de abril, o Tribunal de Justiça (TJDFT) determinou a suspensão do curso. A decisão ocorreu a pedido da 3ª Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
O MP recebeu a denúncia do soldado Danilo Martins, 34 anos.
O aspirante à elite da PM afirmou que foi agredido por um grupo de soldados da corporação. O participante do curso afirmou que as agressões tiveram início após ele se recusar a desistir da formação.
O que é a Patamo
Por definição, a Patamo é um grupo de policiamento tático operacional que atua em casos de incidência criminal repentina e de alto risco, também atua nas escoltas de valores e em grandes eventos.
É proibida a utilização do grupo Patamo no “policiamento rotineiro”.