PCGO prende suspeito de envolvimento na morte de motorista de app do DF
Em 12 de janeiro, Geraldo Gontijo, 50 anos, foi encontrado morto no porta-malas do carro, abandonado no pátio do hospital de Santa Maria
atualizado
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A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da delegacia de Valparaíso (GO), prendeu um dos suspeitos da morte de Geraldo Iris Gontijo (foto em destaque). A detenção, realizada pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da unidade em conjunto com a Polícia Civil do DF (PCDF), ocorreu na manhã desta quarta-feira (20/1).
O suspeito é acusado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, uma vez que outra vítima foi encontrada ferida a tiro em um setor de chácaras da cidade goiana. Para a delegada responsável do caso, Samya Barros, trata-se de “testemunha-chave” para esclarecimentos dos fatos.
“Pela dinâmica do crime, é possível materializar algumas coisas, mas ainda estamos mantendo a investigação sob sigilo para não atrapalhar”, informou a investigadora.
O caso
Morador do Gama, o motorista do sistema de transporte por aplicativo Geraldo Iris Gontijo foi encontrado morto, no porta-malas de seu carro, na manhã de 12 de janeiro. O carro dele acabou abandonado pelos envolvidos no crime no pátio do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
Conforme a PCDF, uma equipe da Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de “localização de cadáver” na unidade de saúde, por volta de 8h50. No local, dois homens disseram aos militares que, horas antes, encontraram uma outra vítima de arma de fogo dentro de um carro, em um setor de chácaras de Valparaíso (GO). A vítima, um homem de 31 anos, estava no banco traseiro do Volkswagen Up, ainda com vida.
Segundo as testemunhas, após encontrarem a pessoa baleada, ambas a levaram ao hospital. Contudo, ao chegarem ao HRSM, eles descobriram que havia outro homem dentro do veículo e acionaram a PMDF. Geraldo estava no porta-malas, mas já sem vida. A polícia trabalha com a possibilidade de latrocínio (roubo com morte).
De acordo com o genro de Geraldo, que apenas se identificou como Vidal, o motorista de aplicativo atuava pela empresa 99 Pop. “Sabemos que ele recebeu um chamado para uma corrida no condomínio Porto Rico, em Santa Maria, por volta de 1h. Mas, aí, uns caras entraram no carro, anunciaram o assalto e deram um tiro na nuca dele”, narra.
A empresa
Em nota, a empresa 99 solidarizou-se com a morte do colaborador e diz que contrubuirá com as investigações da polícia.
Veja o comunicado na íntegra:
“A 99 lamenta profundamente a morte de Geraldo Iris Gontijo e apura se o crime ocorreu durante corrida pelo aplicativo. Nos solidarizamos com a dor dos familiares e estamos buscando contato com eles para oferecer o suporte necessário. A plataforma se coloca à disposição da polícia para compartilhar informações que possam ajudar a esclarecer os fatos e a punir os responsáveis. A segurança é uma prioridade para a 99. Por isso, o aplicativo investe continuamente em segurança antes, durante e depois das corridas. Como formas de prevenção antes das chamadas, a companhia mostra aos motoristas informações sobre o destino final, a nota do passageiro e se ele é frequente — além de exigir que todos os passageiros incluam CPF ou cartão de crédito. Durante o trajeto, ferramentas como câmeras de segurança, gravação de áudio, monitoramento da corrida via GPS, compartilhamento de rotas com parentes e amigos e um botão para ligar direto para a polícia estão disponíveis. Depois das viagens, uma central telefônica 24h para emergências oferece apoio imediato em caso de necessidade”.