PCGO investiga se bebê morreu após ser atingido no rosto por celular
Polícia apura se objeto arremessado pelo pai contra a criança seria, de fato, um celular. Menino de 2 meses não resistiu ao ferimento
atualizado
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A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga se o bebê de 2 meses que morreu no sábado (1º/10) foi, de fato, atingido por um celular. Uma testemunha e a mãe da criança confirmaram a versão dada pelo pai do menino, que disse ter atingido a criança no rosto após tentar acertar a companheira com o aparelho, durante uma discussão entre o casal.
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Devido à gravidade da lesão, os policiais e a equipe de saúde desconfiaram da versão apresentada pelo suspeito. O caso ocorreu em Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal. Levada pelos pais, a criança deu entrada no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), mas não resistiu ao ferimento e morreu.
A equipe de saúde de plantão acionou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e informou que o bebê chegou ao hospital com um corte profundo no rosto.
Delegada que cuida do caso, Samya Noleto afirmou que o corpo da criança passa por exames necroscópicos, para confirmação do que pode ter provocado o machucado e a consequente morte do bebê.
“O pai prestou uma versão de que teria discutido com a companheira e de que queria quebrar o celular dela. A mãe [do bebê] e a testemunha, que chegou ao local para ajudar a criança, foram enfáticas ao sustentarem essa versão do pai. Não sabemos ainda se isso tem procedência”, reiterou a investigadora.
Delegada da PCGO comenta o caso:
O crime é investigado como lesão no âmbito de violência doméstica que evoluiu para lesão corporal seguida de morte. O pai do bebê se apresentou à 2ª Delegacia de Polícia de Valparaíso para prestar depoimento, mas foi liberado depois. “Não foi possível ter elementos suficientes para prendê-lo em flagrante. Fizemos a representação de medidas protetivas para a criança, mas ela, infelizmente, veio a óbito”, completou Samya Noleto.
Discussão
À polícia, a mãe do bebê informou que houve uma discussão entre ela e o marido e, para encerrar o bate-boca, ela decidiu dormir.
A criança estava em uma cadeirinha, na cama, ao lado da mãe, quando o pai pegou o celular dela, leu mensagens de que não teria gostado e arremessou o telefone em direção à companheira, mas atingiu o filho.
A PCGO informou que o casal tem um relacionamento conturbado há algum tempo. A mãe da criança relatou à polícia que tem depressão e, por isso, evita discutir com o marido.