PCDF vai ouvir testemunhas que viram mergulhadora no Lago
Um amigo de Patrícia e o servidor da Caesb que localizou o corpo e chamou o resgate serão intimados nesta segunda-feira (02/03/2020)
atualizado
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Investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) trabalham, neste domingo (01/03/2020), para identificar o que teria provocado a morte da mergulhadora Patrícia Arrais Rodrigues da Silva (foto em destaque), 46 anos, no Lago Paranoá. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) quer ouvir as testemunhas do episódio já nesta segunda-feira (02/03/2020).
A partir da próxima semana, serão ouvidos pela segunda vez: um amigo da vítima, que também é mergulhador, e tinha o costume de realizar as atividades no lago com Patrícia aos finais de semana, e um servidor da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), que localizou o corpo da médica veterinária boiando. “Vamos intimá-los e queremos colher os depoimentos deles novamente”, explicou a delegada-chefe Jane Klébia.
O corpo de Patrícia foi encontrado nesse sábado (29/02/2020). De acordo com a delegada, o equipamento que a mergulhadora usava na atividade será periciado e há suspeita de que tenha apresentado falha. “Ela mergulhou com quatro cilindros: três desses, usados como reservas, foram encontrados vazios, e o que estava preso ao corpo tinha pouco oxigênio”, explicou.
“Não sabemos ainda o que aconteceu com os reservas, mas não descartamos que o equipamento tenha falhado. O corpo já foi para o IML [Instituto de Medicina Legal], e o laudo com a causa da morte deve levar 30 dias para ser concluído”, finalizou a investigadora.
Mergulho
À PCDF, o amigo de Patrícia relatou ter o costume de mergulhar com a médica veterinária. Conforme conta, Patrícia costumava ficar 4h submersa. Os dois teriam um acordo para que caso ela demorasse mais de 5h mergulhando, ele, então, deveria acionar os bombeiros.
Ainda segundo o relato do homem, nesse sábado, Patrícia chegou ao Lago Paranoá, próximo de onde o corpo foi encontrado, por volta das 8h40, e teria entrado na água sozinha.
Por volta das 12h30, o servidor da Caesb viu o saco elevatório flutuando – o item é usado para o mergulhador voltar à superfície ou para elevar objetos com mais de 3 quilos. No entanto, a veterinária não emergiu. Ele, então, pediu socorro.
Quando o Corpo de Bombeiros (CBMDF) chegou ao local, o corpo de Patrícia já estava sem sinais vitais. Os bombeiros utilizaram uma moto aquática (jet ski), uma embarcação, uma viatura de salvamento terrestre e um helicóptero, num total de 17 militares, às 12h50 (29/02/2020).
Patrícia estava equipada com material para execução de mergulho autônomo. Segundo os bombeiros, não foi possível adotar nenhuma medida de reanimação. Ainda não se sabe o motivo da morte.