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PCDF vai investigar se homem preso no Maranhão integrava rede de pedofilia

Suspeito confessou os crimes e disse “não ter ideia real da quantidade de vítimas”. O celular usado por ele será periciado

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Reprodução/ Vídeo
Pedófilo preso no Maranhão
1 de 1 Pedófilo preso no Maranhão - Foto: Reprodução/ Vídeo

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga se o homem preso nessa quarta-feira (22/7) acusado de abusar de mais de 60 adolescentes entre 11 e 14 anos compartilhava conteúdos de pornografia infantil com uma rede de pedofilia.

Ao Metrópoles, a delegada da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), Elizabeth Frade, disse que o criminoso confessou o crime. “Ele afirmou que acredita ter feito mais de 50 vítimas aqui no DF e que há vítimas em quase todas as unidades da federação. Disse não ter ideia da real quantidade de vítimas”, explicou.

A investigadora esteve na casa onde o suspeito acabou preso, no Maranhão. A PCDF aguarda ouvir, novamente, outras vítimas do pedófilo. “Vamos ver se ele fazia compartilhamento das imagens com alguma rede. O celular dele foi apreendido e será encaminhado para a perícia”.

Aos policiais civis, o pedófilo afirmou que recebia vídeos e fotos e “guardava para ver depois”. “Localizamos outras ocorrências no mesmo número do autor aqui no DF e no celular dele encontramos mais de 60 números vinculados a adolescentes daqui”, finalizou Elizabeth.

O criminoso não teve identidade revelada em função da nova Lei de Abuso de Autoridade. As fotos e os vídeos desta reportagem foram borrados pela própria polícia. Segundo a PCDF, o homem se identificou como trabalhador autônomo.

Veja o momento da prisão: 

Modus operandi

Vítimas do pedófilo cogitaram suicídio com medo do vazamento das fotos e vídeos de nudez enviados ao criminoso. A investigação teve início após pais de uma adolescente de 13 anos registrarem ocorrência na unidade policial.

Para ganhar a confiança das vítimas, de acordo com os investigadores, o suspeito se passava por uma adolescente. Ele usava um perfil falso no Instagram para conquistar a confiança das vítimas.

Quando ficava mais próximo dos jovens, o criminoso, então, fornecia um telefone para conversa via aplicativo de mensagens.

Ao longo dos diálogos, ele exigia que as vítimas o enviassem fotos e vídeos íntimos. Segundo os investigadores, o pedófilo exigia que os jovens introduzissem objetos no ânus ou se masturbassem – tudo deveria ser filmado e encaminhado.

Quem se recusasse a enviar o conteúdo era ameaçado pelo criminoso. O temor de que o suspeito tornasse as gravações e as fotos públicas levou vários adolescentes ao desespero. Alguns, segundo a PCDF, cogitaram suicídio.

A PCDF divulgou os perfis, caso os pais reconheçam e queiram contribuir com as investigações:

https://www.instagram.com/henriquezandoo/ e https://www.instagram.com/tasampaio__/.

Em nota, o Instagram afirmou que colabora com as investigações da Polícia Civil. “O Instagram não tolera esse tipo de comportamento ou o compartilhamento de conteúdo que traga exploração sexual infantil em sua plataforma”, disse a empresa.

 

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