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PCDF tenta identificar homem que vendeu cobras-do-milho para universitária

Negociação ocorreu pelo Facebook, em janeiro. Dono do perfil que vendeu as serpentes não usava o próprio nome

atualizado

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PCDF/Divulgação
cobra
1 de 1 cobra - Foto: PCDF/Divulgação

Após prender uma universitária, acusada de comprar ilegalmente duas serpentes na internet, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tenta identificar quem é a pessoa responsável pela venda das cobras. Segundo a estudante de direito, que comprou os animais, a negociação foi pelo Facebook em janeiro.

Segundo o delegado-chefe da 35ª DP, Ataliba Neto, a investigação pode enfrentar novos desdobramentos a depender do que for descoberto. “Se o vendedor for do DF a gente segue, se não for a gente encaminha a apuração para Polícia Federal ou para a Polícia Civil responsável”, explica.

Ataliba diz que o vendedor não utilizava o nome real na rede social, por esse motivo a apuração segue em andamento.

Estudante diz ser “xamã”

A estudante universitária alegou, em depoimento na 35ª Delegacia de Polícia Civil (Sobradinho II), que adquiriu as cobras por serem seu “animal do poder”. Aos policiais, a acusada informou ser xamã e por esse motivo teria comprado os bichos pela internet.

Na casa da jovem, foram encontradas duas cobras da espécie Corn Snake, ou cobra-do-milho, que tem seu habitat natural na região sudeste dos Estados Unidos. De acordo com a suspeita, os animais foram adquiridos em um perfil do Facebook e enviadas pelos Correios, sem que nenhuma autoridade percebesse o conteúdo da encomenda.

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Além do crime de manter animal silvestre em cativeiro, a jovem responderá por posse de drogas, uma vez que ela possuía uma porção da droga haxixe, para uso pessoal. Se condenada, a universitária pode pegar até 2 anos de reclusão. Depois de assinar um termo de comparecimento em juízo, ela foi liberada.

As cobras foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Cobras no DF

A corn snake é uma das várias espécies apreendidas durante a apuração da 14ª DP (Gama) sobre um esquema que foi revelado após o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, 22, ter sido picado por uma cobra Naja, criada clandestinamente em sua casa, no Guará. A Polícia Civil do DF (PCDF) concluiu o inquérito no dia 13 de agosto e indiciou 11 pessoas por crimes ambientais.

Pedro foi indiciado por tráfico de animais silvestres, associação criminosa e exercício ilegal da medicina veterinária. A mãe de Pedro, Rose Meire dos Santos Lehmkuhl; e o padrasto dele, o coronel da PMDF Eduardo Condi, também foram indiciados, assim como o major Joaquim Elias Costa Paulino, comandante do Batalhão Ambiental da PMDF.

“Foi elucidado um esquema de tráfico de animais a partir desse rapaz, onde se comprovou que ele trafica animais. Ele traz cobras de outros estados. Temos registros de viagens, vendas, diálogos a partir de aplicativos de conversa. Compra, venda, valores. Pessoas que compareceram à delegacia e que confirmaram o valor, modo de entrega”, afirmou o delegado Willian Ricardo, da 14ª DP, na ocasião.

Veja imagens do caso:

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará
O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente
O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente
Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestres
A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DF
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Pedro Krambeck chegou a ser preso pela Polícia Civil do DF

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente

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O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente

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Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestres

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A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DF

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Pedro foi detido no apartamento onde mora no Guará

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Policiais na casa de Pedro na manhã do dia 29 de julho

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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A Naja não é uma cobra típica do Brasil

Foto: Reprodução
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Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante

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Brasil não tem soro para o animal

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A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro

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Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
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A Naja foi transferida para o Butantan, em SP

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No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie

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Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
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Delegado William Ricardo

Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

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