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PCDF procura filhos de bombeiro preso por lotear área pública no Guará

Segundo a polícia, pai e filhos faturaram R$ 5,2 milhões e deixaram os compradores na mão, já que eles não poderão se instalar nos lotes

atualizado

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bombeiro
1 de 1 bombeiro - Foto: Mirelle Pinheiro/Metrópoles

A Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) está nas ruas à procura de dois integrantes de uma organização criminosa acusada de parcelar irregularmente uma chácara na Colônia Agrícola Águas Claras, no Guará, e vender 21 lotes. Segundo a corporação, o grupo faturou R$ 5,2 milhões e deixou os compradores na mão, já que eles não poderão se instalar na área.

De acordo com a delegada Marilisa Gomes da Silva, Carlos Eduardo de Andrade Muniz Filho e Lucas de Souza Muniz (fotos na galeria abaixo) são considerados foragidos da Justiça. Contra eles, foi expedido mandado de prisão preventiva. Os dois, explicou a policial, são filhos do bombeiro militar da reserva Carlos Eduardo de Andrade Muniz, conhecido como Cadim. Ele foi preso na quarta-feira (21/3), após autorização da Vara Criminal do Guará.

Pai e filhos são conhecidos da Dema. Em janeiro deste ano, na Operação Déjà-vu, eles foram presos temporariamente por 10 dias pela venda da área. Porém, acabaram soltos. Agora, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) os denunciou, o que reforçou o novo pedido de prisão.

Segundo as investigações, o trio e mais outras três pessoas que também foram presas se uniram para parcelar, “em dissonância com a lei”, uma chácara. A área foi dividida em seis lotes comerciais e 15 residenciais, e cada um vendido por cerca de R$ 250 mil.

Contra os seis pesam os crimes de parcelamento irregular do solo para fins urbanos, dano ambiental, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Confira as imagens da primeira fase da Operação Déjà-vu:

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Filhos do bombeiro reformado Cadim estão sendo procurados pela PCDF
Área parcelada de forma irregular foi mapeada pela Polícia Civil
Residências construídas na região
Cerca de 10 moradores já prestaram depoimento na Dema
Polícia afirma que compradores também poderão ser responsabilizados pelo crime
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Filhos do bombeiro reformado Cadim estão sendo procurados pela PCDF

Divulgação/PCDF
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Filhos do bombeiro reformado Cadim estão sendo procurados pela PCDF

Divulgação/PCDF
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Área parcelada de forma irregular foi mapeada pela Polícia Civil

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Residências construídas na região

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Cerca de 10 moradores já prestaram depoimento na Dema

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Polícia afirma que compradores também poderão ser responsabilizados pelo crime

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Delegada-chefe da Dema, Marilisa Gomes, coordenou a investigação

 

Histórico
O bombeiro, considerado chefe da organização, já foi preso temporariamente outras duas vezes, em investigações distintas: a primeira, em 2011, na Operação Acton, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco); a segunda, em 2016, na Operação Sentinela, da Dema. Ambas visavam reprimir os crimes de parcelamento irregular do solo.

Um dos filhos dele, Lucas, seria dono e teria fracionado o terreno no qual foi construído o prédio que desabou na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, em outubro do ano passado, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O corpo do técnico em edificações Agmar Silva, 55 anos, foi resgatado sob os escombros.

A delegada Marilisa Gomes explicou que o bombeiro coordenava várias empresas de construção e engenharia. O grupo faturava com obras de imóveis em áreas invadidas. O lote que motivou a operação trata-se de área de preservação ambiental de propriedade da Terracap. A extensão total é de 2,3 mil hectares, e cada lote dividido tinha de 500 a 900 metros quadrados. Eles eram comercializados por valores que variavam de R$ 250 mil a R$ 300 mil.

De acordo com a polícia, o militar levava uma vida de luxo, bem acima do que o salário de bombeiro poderia pagar. Porém, em função da atividade paralela, a família mudava frequentemente de endereço. Com os três indivíduos, na primeira fase da operação, em janeiro, foram encontrados celulares, computadores e grande quantidade de cheques (foto em destaque). As vendas eram realizadas por meio da internet e imobiliárias.

Serviço
Qualquer informação sobre o paradeiro dos foragidos pode ser feita pelos canais de denúncia da Polícia Civil do Distrito Federal: Denúncia On-line (www.pcdf.df.gov.br); o Disque-Denúncia, 197, opção 0 (zero) (a ligação é gratuita); por meio do e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br; e pelo WhatsApp (61) 98626-1197.

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